20/02/2018 13h25


Há quatro anos pronto, porém sem jamais ter sido usado, o destino do prédio da Oficina do Saber do Jardim Rodrigo segue incerto. A obra, que custou R$ 1, 7 milhão, foi erguida sobre um terreno onde no passado havia um lixão clandestino, o que acabou formando um bolsão de gás metano em seu subsolo. Diante do risco de explosão, a obra jamais pode ser utilizada e em março de 2016 a Prefeitura chegou a anunciar um trabalho de remoção deste gás, porém dois anos já se passaram e o imóvel segue abandonado. O prédio é alvo de requerimento do vereador Péricles Régis (MDB), que quer saber porque o Executivo não dá destinação à construção, uma vez que gasta um elevado valor mensal com aluguéis de imóveis.

Para o vereador, dar uma destinação ao prédio é imprescindível, já que por uma falha técnica da administração o valor gasto com a obra extrapolou muito o gasto inicial previsto. “Essa obra foi licitada e iniciada em 2011 em um terreno onde funcionava um lixão clandestino. Foram dois anos de construção sem que a Prefeitura identificasse o problema e uma obra milionária foi erguida sem que fosse feita uma checagem aprofundada do solo” explica Péricles. “Depois disso, em março de 2016, a Prefeitura chegou a anunciar que pagaria R$ 560 mil para que uma empresa fizesse a remoção do gás. Todos esses valores foram gastos, o projeto da Oficina do Saber já nem existe e o prédio ainda não se converteu em benefícios para a população” .

No começo de 2016 a imprensa oficial do município informou que o trabalho de remoção do gás demoraria um ano, ou seja, terminaria no primeiro semestre de 2017. Existia a previsão de que ao final desse prazo, ainda houvesse resquícios de gás e a máquina usada na remoção do metano tivesse que continuar sendo usada, no entanto o prazo para conclusão do trabalho já extrapolou o previsto em quase um ano.

Em seu requerimento, o vereador questiona se o prédio já foi submetido à avaliação da Cetesb e o que falta para que ele seja utilizado. O vereador questiona ainda se a construção poderia ser destinada à instalação de uma creche, uma vez que há alta demanda por vagas na zona norte da cidade. “Se não for usado pela Secretaria de Educação, o prédio pode ser usado para qualquer outro fim de interesse público, uma vez que atualmente a Prefeitura gasta mensalmente R$ 290 mil com aluguéis de 28 prédios usados pelo Governo. Um prédio daquele, sem uso por quatro anos, é um total desperdício de recursos públicos”, finaliza o vereador.

(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)