05/03/2018 08h14

Agendada para esta segunda-feira, a oitiva da CPI da Merenda, presidida por Iara Bernardi (PT), foi remarcada para sexta-feira, 9, quando irá ouvir o secretário Hudson Zuliani

 

       Os vereadores membros da CPI da Merenda, presidida por Iara Bernardi (PT), decidiram remarcar a data da nova oitiva para a próxima sexta-feira (9 de março), às 13 horas, em decorrência da necessidade de se ouvir um quinto depoente no mesmo dia: Hudson Zuliani, braço direito do prefeito e já secretário de Licitações e Contratos do Governo Crespo no momento da denúncia pública de Daniel Police (ex-secretário de Abastecimento e Nutrição). A oitiva estava marcada para esta segunda-feira (5).

 

       Os demais depoentes do dia 9 de março serão: Rafael Negrelli, procurador Jurídico da Prefeitura, atuante na Secretaria de Licitações e Contratos; o ex-secretário da pasta e atual chefe de gabinete do Governo José Crespo (DEM), Alexandre Robin; o ex-secretário de Administração do governo Antônio Pannunzio (PSDB), Roberto Juliano; e o ex-secretário de Governo da mesma administração, João Leandro da Costa Filho. A CPI investiga pagamentos duplicados para empresas fornecedoras de alimentos para a merenda escolar, que também foram comprados da agricultura familiar, como determina legislação federal. Ao todo, mais de R$ 820 mil foram pagos a mais. As empresas já realizaram a devolução à Prefeitura.

 

       Na ocasião da denúncia de Police, Zuliani enviou nota à imprensa dizendo-se vítima de calúnia, e afirmando que, na condição de secretário de Licitações e Contratos, já havia tomado as medidas cabíveis sobre os pagamentos duplicados. Em nota da Secretaria de Comunicação e Eventos, Zuliani afirmou: “Vale ressaltar que, diferente do que caluniosamente vem sendo noticiado, à frente da Secretaria de Licitações, agi de maneira diligente em todos os contratos e tão logo tomei conhecimento da falha de fiscalização ocorrida, não efetuei e não permiti nenhum pagamento até que todos os termos e fatos fossem efetivamente checados”.

 

       Em 22 de dezembro de 2017, Police afirmou publicamente que Zuliani o pressionou a assinar documentos e que teve momento de exaltação em reunião com o chefe da Secretaria de Licitações e Contratos. Essa assinatura permitiria a liberação dos pagamentos da Prefeitura às empresas que estavam recebendo pagamentos a mais por gêneros alimentícios fornecidos. Police se negava a assinar os documentos, solicitando um parecer jurídico que o resguardasse. Na oitiva da CPI da Merenda de 16 de fevereiro, Police negou ter sofrido a pressão, mas reafirmou que Zuliani havia utilizado um tom mais “firme”, determinando a assinatura dos documentos.

 

       (Assessoria de Imprensa – Vereadora Iara Bernardi/PT)