09/03/2018 18h26

Moradores da região do Iporanga denunciaram que o local está abandonado e com possíveis focos de contaminação e criadouros de mosquitos

A Comissão de Meio Ambiente e de Proteção e Defesa dos Animais, representada pelo presidente, o vereador João Donizeti (PSDB), realizou vistoria em uma área ocupada pela antiga fabrica de baterias da Satúrnia, no Jardim Iporanga. Moradores da região denunciaram que o local, abandonado desde 2011, quando a empresa encerrou as atividades, apresenta perigo de contaminação e poderia abrigar criadouros de mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela.

Durante a visita, o vereador constatou que no terreno existem três tanques descobertos, com acúmulo de água parada, além de uma cisterna sem proteção. O local possui muita sucata e equipamentos abandonados, apresenta sinais de invasão, já que está sem cercas de proteção e com o portão principal aberto, e tem sido alvo de vandalismo, com lixo, roupas velhas e vidros quebrados espalhados por toda a área.

“Ficamos assustados com essa denúncia, pois é uma área muito próxima do centro da cidade, dentro de um bairro muito habitado e ao lado da zona industrial. É um absurdo que essa situação tenha durado tanto tempo. São milhões de litro de água parada quem podem se tornar criadouros de mosquitos”, alerta o vereador João Donizeti.

Há suspeita ainda de que o solo da área esteja contaminado por chumbo, substância utilizada na fabricação das baterias e altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas. “Temos dois tanques de decantação abertos que devem conter alto índice de contaminação e que estão há mais de quatro anos parado. Consta na Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que a Satúrnia já tem uma dívida ambiental muito grande por conta do aterramento de baterias, então não dá nem para dimensionar o nível de comprometimento do subsolo ao longo desses anos”, lamenta o vereador

A vistoria foi acompanhada por representantes da Defesa Civil, do setor de Fiscalização de Terrenos e da Vigilância Sanitária, que garantiu a realização de um tratamento preventivo com larvicida para eliminar possíveis criadouros de mosquitos. A Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal também foi acionada e fez um registro da ocorrência, com fotos e informações do local. “Iremos repassar todas essas informações para a Secretaria de Meio Ambiente para que sejam tomadas as medidas necessárias, como a análise dos desejos encontrados nos tanques para avaliar o nível de contaminação”, explica o GCM Magalhães.

Após a vistoria, o vereador afirmou que vai enviar a denúncia para a Cetesb, a Prefeitura Municipal,  a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Polícia Ambiental e o Ministério Público. “É um total abandono, total falta de responsabilidade. A situação é grave e precisa de uma ação urgente, principalmente para análise do material encontrado. E onde houver denúncias iguais a esta, a Comissão de Meio Ambiente e de Proteção e Defesa dos Animais estará presente para cobrar soluções”, afirma João Donizeti.