Limpador de para-brisa quebrado faz pacientes de Sorocaba perderem atendimento médico

       Já foi matéria nos noticiários e foco de requerimentos do Legislativo a situação de pacientes debilitados que precisam ser transportados para outros municípios para serem submetidos a tratamento em cidades como Guarulhos e São Paulo. Imagine então quando o procedimento médico agendado é perdido e essa viagem é feita à toa porque o veículo responsável pelo transporte fica pelo caminho por causa de um limpador de para-brisa quebrado. Isso aconteceu com pacientes que eram levados para radioterapia na cidade de Guarulhos.

       A situação foi relatada pela filha de um homem que tem câncer e perdeu sua consulta e sessão de radioterapia. O relato chegou ao gabinete do vereador Péricles Régis (MDB) em 6 de março. A consulta do paciente estava marcada para 17 horas em Guarulhos, mas às 16h30 sua filha foi informada que a van que transportava ele e outros pacientes estava parada sob chuva forte porque o limpador não funcionava. “Se nem esses itens simples passam por inspeção, que dirá o resto. Nem quero pensar nos freios”, escreveu a denunciante.

       Presidente da Comissão da Frota, que mapeou problemas dos veículos oficiais no ano passado e gerou um relatório solicitando medidas corretivas à Prefeitura e ao Ministério Público, o vereador Péricles Régis está agora encaminhando ao Executivo um requerimento onde questiona se os veículos oficiais passam por um checklist a cada novo uso. “Esses carros são um bem público que precisam ser zelados pelos servidores. Se algo não funciona, o veículo precisa ser retirado de circulação para ser arrumado”, afirma. “Não é possível expor os pacientes a risco por causa de negligência, ainda mais quando temos um histórico de tragédia envolvendo estes pacientes”, relata Péricles, lembrando a morte de José Luiz Pereira, 61 anos, vítima de um acidente em junho quando era levado para procedimento em Guarulhos.

       O requerimento de Péricles questiona também a continuidade das viagens para outras cidades, já que em junho de 2017 o então secretário de Saúde, Rodrigo Moreno, noticiou que uma clínica conveniada passaria a oferecer o tratamento em Sorocaba e as viagens acabariam. “Esses pacientes vivem essa rotina por 20, 30 dias de tratamento. Eles precisam passar dias inteiros fora de casa por isso. É penoso, desgastante e não pode ser ainda mais arriscado por conta da negligência do Poder Público”, conclui o vereador.

       (Assessoria de Imprensa – Vereador Péricles Régis/MDB)