Asca questiona descumprimento de lei que prevê ensino da cultura africana nas escolas

A pedido da vereadora Fernanda Garcia (PSOL), o capoeirista Mestre Jaime utilizou a tribuna durante a 18ª sessão ordinária, nesta terça-feira, 10, para falar em nome da Associação Sorocabana de Capoeira (Asca) e cobrar o cumprimento da Lei nº 10.639/2003 que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas do país.

Segundo o capoeirista, a lei, que foi promulgada em 2003, não é colocada em prática. “Nós estamos preparados para atender. Priorizamos os mestres mais antigos da cidade e a intenção é levar a manifestação autêntica da capoeira”, afirmou. Surgida em 2001, com a junção dos mestres representantes dos grupos de capoeira que atuaram na cidade, a Asca oferece capacitação e treinamento e vem trabalhando nas unidades educacionais do Município em parceria com a Secretaria de Educação.

Sobre a questão, o vereador João Donizeti (PSDB) ressaltou que a capoeira é um símbolo da resistência do povo negro e que segundo o novo secretário de Educação será reativado o grupo de estudo para implantação do ensino afro no currículo escolar. Já Anselmo Neto (PSDB) sugeriu a participação da secretaria de Esportes nesse processo. Outros parlamentares também falaram sobre a importância do ensino da capoeira nas escolas como forma de transmitir a cultura africana como também suscitar valores como a disciplina e o respeito ao próximo entre os alunos.

Encerrando as manifestações, a vereadora Fernanda Garcia citou o novo projeto da Asca de defesa pessoal para mulheres, além de cobrar a volta das aulas de capoeira nas Oficinas do Saber.