15/05/2018 13h12
 

Proposta de Hélio Brasileiro (MDB) que prevê a instituição de uma semana de conscientização foi aprovada em primeira discussão.

 

Foi aprovado em primeira discussão durante a 27ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Sorocaba, realizada na manhã desta terça-feira, 15 de maio, o Projeto de Lei nº 70/2018, de autoria do vereador Hélio Brasileiro (MDB), que institui a “Semana Municipal de Conscientização sobre o Perigo do Sono ao Volante e Durante o Trabalho”.

 

Durante a referida semana, a ser realizada anualmente na terceira semana de março em comemoração ao Dia Internacional do Sono o Poder Executivo, o Município envidará esforços no sentido de promover palestras, eventos, ações e campanhas educativas de divulgação da importância do perigo do sono ao volante, bem como os demais agravos à saúde, decorrentes de outros distúrbios do sono.

 

O autor defendeu sua proposta e citou dados estatísticos de 2016, do Observatório Nacional de Segurança Viária, que apontam 37.345 mil brasileiros mortos em acidentes de trânsito naquele ano. “Isso significa uma morte a cada doze minutos. Significam três estádios como o CIC lotados. Significa uma pessoa permanentemente sequelada a cada minuto. E o custo estimado para a sociedade é de 52 bilhões de reais”, ressaltou o parlamentar que, em seguida, solicitou a veiculação de um vídeo, com imagens fortes, de uma campanha australiana sobre segurança no trânsito.

 

Hélio Brasileiro também reforçou que a sonolência é a segunda causa de acidentes no Brasil e que 19 horas sem dormir é equivalente ao consumo de seis copos de cerveja ou três taças de vinho. “Para a bebida alcoólica temos o teste de bafômetro ”, frisou, destacando que não há uma regulamentação específica para avaliação do sono. Como a questão da regulamentação extrapola a prerrogativa do Legislativo Municipal, o autor, com o apoio de outros vereadores, incluindo o Engenheiro Martinez (PSDB), pretende levar o debate ao Congresso Nacional. Ainda para fomentar o debate, será realizada em 13 de junho uma audiência pública na Casa sobre o perigo do sono ao volante.

 

Na justificativa do projeto, citando dados da Associação Brasileira de Neurologia, Hélio Brasileiro argumenta que de 10 a 15 por cento da população sofre de insônia e, só no Estado de São Paulo, há uma prevalência de 33% de apneia obstrutiva do sono, uma condição em que a garganta relaxa durante o sono e interrompe a passagem de ar para os pulmões, o que leva o indivíduo a acordar mais de 60 vezes por hora voltando a dormir em poucos segundos. Esse sono fragmentado causa fadiga, sonolência diurna e déficit de atenção, aumentando em sete vezes o risco de acidentes, além de aumentar a probabilidade de arritmias cardíacas, pressão alta, ataque cardíaco e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

 

Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Neurologia (ABN), realizada neste ano, cerca de 60% dos 495 entrevistados dormem entre quatro a seis horas, menos do que gostariam, sendo que mais de 80% das pessoas gostariam de dormir mais de sete horas. A pesquisa mostra, ainda, que 65% dos entrevistados sentiram sono dirigindo na cidade. Na estrada, o percentual é ainda maior: 68%. Aqueles que já se envolveram em acidentes porque sentiram sono foram 16% e só 10% não exibiram algum comportamento sugestivo de sonolência.

 

Votação única – Também foram aprovados nesta terça-feira três projetos de Decreto Legislativo em votação única, começando pelo Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2018, de autoria do vereador Rafael Militão (MDB), que concede o Título de Emérito Comunitário ao padre João Alfredo Pires de Campos. Natural de Tatuí, onde nasceu em 21 de outubro de 1957, o homenageado foi ordenado diácono em 1982 e, em 1983, presbítero. Atuou em paróquias de Votorantim e Cerquilho e, em Sorocaba, nas paróquias São José Operário, Santa Rosália, São Carlos Borromeu, São Lucas e São José do Cerrado, além de desempenhar várias funções na Arquidiocese, como reitor e professor de seminaristas. Desde 29 de janeiro de 2015, é pároco na Paróquia São Bento, desenvolvendo na região um devotado trabalho sacerdotal e comunitário.

 

 Também de autoria do vereador Rafael Militão foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2018, que concede o Título de Cidadão Sorocabano ao padre José Edimilson Santos Silva. Alagoano de Arapiraca, onde nasceu em 25 de janeiro de 1981, o homenageado frequentou os seminários da Arquidiocese de Sorocaba e foi ordenado diácono em 2007, sendo ordenado presbítero no ano seguinte. Atuou na Paróquia Santa Rita, no Jardim Vera Cruz, e, em 2009, tornou-se administrador paroquial na Paróquia São Bento, assumindo a função de pároco em 2011. Em 2015, assumiu a Paróquia São João Batista, em Salto de Pirapora. Integrou o Conselho de Presbíteros e é professor do Instituto de Teologia João Paulo II, além de coordenador da Comissão de Liturgia e Mestre de Cerimônias do Arcebispado há onze anos.

 

Por fim foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2018, de autoria do vereador Engenheiro Martinez (PSDB), que concede a Comenda Referencial de Ética e Cidadania a Maria Lúcia Neiva de Lima. Paulista de Bauru, filha do farmacêutico Godofredo Neiva Ferro e da professora Elisa Fávero Neiva, veio para Sorocaba com a família aos três anos de idade. Depois de alfabetizada pela mãe aos seis anos, iniciou sua vida escolar na Escola Estadual Baltazar Fernandes e, em seguida, estudou no Colégio Santa Escolástica, onde cursou o primário e o ginasial. Formou-se Técnica em Contabilidade pela Organização Sorocabana de Ensino (OSE) e em Magistério pelo Instituto de Educação Ciências e Letras, bacharelando-se em Direito na Fadi. Além de lecionar em escolas rurais, foi professora na Escola Municipal Getúlio Vargas e na Escola Estadual Arquimínio Marques Silva. Atuou em diversas entidades filantrópicas de Sorocaba, entre elas o Gpaci (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil), do qual participa ativamente há 26 anos, inclusive como presidente por 18 anos, sendo agora vice-presidente.

 

E o espaço destinado à Tribuna Popular foi utilizado pela professora Maria de Jesus da Silva que falou sobre o desrespeito ao Estatuto do Idoso e ao deficiente físico e sobre a violência sexual contra as mulheres.