15/05/2018 14h10


Cerca de 30 mil pessoas esperando uma ultrassonografia. Nove mil mulheres no aguardo de uma mamografia que pode ser fundamental para a descoberta de um câncer de mama. Estes são apenas alguns dos tópicos que fazem parte de um dos gargalos mais prejudiciais da saúde pública em Sorocaba: a gigante fila de espera por exames. O vereador Péricles Régis (MDB) está pedindo para a Prefeitura uma relação atualizada sobre qual a situação de cada exame que está “parado” na cidade. 

Péricles afirma ser procurado por munícipes em situação de desespero diante da total falta de perspectiva. "É agoniante saber que um exame é fundamental para a confirmação de um diagnóstico ou mesmo para nortear um tratamento e ver o tempo passando. Os médicos não pedem exames por pedir. Se foi feita a solicitação, é porque o exame é indispensável e com o tempo passando, uma doença grave que poderia ser tratável, pode chegar ao ponto de tronar-se incurável. Essa lentidão condena pacientes à morte”.

Segundo o vereador, a estimativa é de que nos últimos quatro anos quase sessenta mil exames deixaram de ser feitos. Quatro anos também é o tempo que algumas pessoas estão aguardando por um exame. Para ultrassonografia, por exemplo, são quase 30 mil pacientes na espera. Já o raio-x tem uma fila que já beira 20 mil pessoas. A imensa fila ainda tem mais de 2500 pessoas esperando uma ressonância e mais de 1700 precisando fazer uma densitometria. “É uma afronta aos direitos do cidadão. Nem mesmo pessoas que buscam a Justiça como caminho estão tendo a garantia de realização dos exames”, afirma o vereador, que explica que nada pode fazer para ajudar “caso a caso”. “As pessoas pedem ajuda pois querem que seu procedimento receba prioridade, mas explicamos que qualquer intervenção junto ao andamento da fila prejudicaria outras pessoas e caracterizaria a prática de fura-fila. O que precisamos garantir é que a fila ande como um todo, com a Prefeitura fechando convênios que possibilitem acelerar esses diagnósticos. Exames não feitos, além de comprometer a qualidade de vida, geram afastamentos do trabalho e doenças mais sérias e mais caras de serem tratadas mais tarde”, afirma Péricles.

Em seu requerimento, Péricles pergunta qual a capacidade de realização mensal de cada exame e qual é o tempo médio de espera atual. O vereador também pede o número de pacientes na fila da Central de Regulação de vagas do Município. Por fim, quer saber quais os critérios para o posicionamento do paciente nesta fila. “O paciente muitas vezes é colocado numa posição, mas a própria espera faz com que seu caso piore e ele precisaria ser reposicionado nesta fila. Quero saber se isso ocorre e com que agilidade”.

(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)