Por iniciativa do vereador Wanderley Diogo (PRP), a comunidade japonesa de Sorocaba celebrou os 110 anos da chegada do navio Kasato Maru, com os primeiros imigrantes
Os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, iniciada oficialmente em 18 de junho de 1908, com a chegada do navio Kasato Maru no Porto de Santos, foi comemorada em sessão solene da Câmara Municipal de Sorocaba na noite de quarta-feira, 29, no plenário da Casa. A iniciativa foi do vereador Wanderley Diogo (PRP), que ressaltou a contribuição da colônia japonesa para o desenvolvimento de Sorocaba.
Além do vereador, a mesa de honra da solenidade foi composta pelas seguintes autoridades: Roberto Matsushima, presidente da União Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Sorocaba (Ucens); Shobei Watanabe, titular do Conselho Fiscal da Ucens; Toshiaki-Yamamura, presidente da União Cultural e Esportiva Sudoeste (Uces); Alcides Miranda, representando o prefeito em exercício Rodrigo Manga (DEM); e o vereador Vitão do Cachorrão (MDB), que recepcionou os convidados. Além da execução do Hino do Japão na abertura da solenidade, ao lado do Hino Nacional Brasileiro, o evento contou com apresentações de músicas japonesas e de um grupo de dança de senhoras da Ucens.
A imigração japonesa no Brasil tem como marco inicial a chegada do navio Kasato Maru, em Santos, no dia 18 de junho de 1908. A viagem durou 52 dias e trouxe 781 imigrantes pertencentes a 165 famílias japonesas, além de 12 passageiros independentes. Os japoneses, inicialmente, foram trabalhar em seis fazendas paulistas.
O relógio situado ao lado do Mercado Municipal foi uma oferta da colônia japonesa de Sorocaba no aniversário de 300 anos da cidade. Por sua vez, a Praça Kasato Maru celebra a memória do navio que trouxe os imigrantes japoneses em 1908.
Em Sorocaba, o primeiro imigrante japonês foi Nabek Shiroma, que chegou à cidade em 1918. Os japoneses tiveram presença marcante no ciclo da laranja, quando Sorocaba foi grande produtora e exportadora do produto. Hoje, estima-se que existem cerca de 30 mil descendentes de japoneses em Sorocaba. Sua história foi contada no livro Arigatô, do jornalista e escritor Sérgio Coelho de Oliveira. A sessão solene foi transmitida ao vivo pela TV Câmara.