Vereadores apresentaram novas denúncias e coletaram mais informações sobre a situação de contaminação da antiga fábrica de baterias na Zona Industrial
Na tarde de hoje (13/09), a
Comissão Especial que investiga as denúncias de crime ambiental no terreno da
antiga fábrica de baterias Saturnia, na Zona Industrial, realizou uma reunião
com representantes da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), na
sede da entidade, em Sorocaba. O objetivo do encontro, que teve a participação
dos vereadores João Donizete (PSDB), que preside a comissão, a relatora Iara
Bernardi (PT) e Hudson Pessini (MDB), foi trocar informações sobre a situação atual da
área abandonada.
“Nós abrimos um primeiro
canal de diálogo com muitas perguntas de tantas outras que deverão ser feitas. No
nosso entendimento, o crime ambiental não foi só durante a atividade da empresa,
pois ainda continua. Então devemos ter outras reuniões para entender esse
processo de contaminação e medidas mitigadoras para resolver ou atenuar essa
situação”, explica o vereador João Donizeti.
A relatora da comissão,
vereadora Iara Bernardi, aproveitou a oportunidade para informar aos
representantes da Cetesb que, em visita recente, encontrou outras
irregularidades no local. “Os poços de monitoramento do lençol freático, onde
se capta água para saber se está contaminada ou não, estão abertos e isso é
grave. Além disso, presenciamos vários sacos de materiais tóxicos espalhados
pela área”, alerta.
Para o vereador Hudson
Pessini, a situação é de saúde pública e o próximo passo é reunir mais
informações para dar prosseguimento às investigações. “Sabemos da contaminação na
área e num momento como esse o que mais acontece é a ausência de responsáveis. É
um caso onde pode haver a intervenção do poder público. Protocolamos ofícios
para buscar mais informações e então definir os próximos passos”, avisa o
parlamentar.
Situação de abandono - A antiga
fábrica da Saturnia está desativada desde 2011 e moradores da região já haviam demonstrado
preocupação com o estado de abandono das instalações. Em março deste ano, a Comissão de Meio Ambiente e de Proteção e Defesa dos Animais da Câmara fez
uma visita ao local e constatou várias irregularidades, como equipamentos
abandonados, materiais tóxicos expostos e tanques de decantação abertos e
muitos sinais de depredação. Tudo foi registrado e repassado para as
autoridades competentes. Porém, a situação no local ficou mais perigosa nos
últimos meses, quando diversas pessoas foram flagradas garimpando chumbo no
terreno.