O presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB), adianta que a TV Câmara e demais veículos institucionais do Legislativo irão veicular material educativo sobre o combate aos escorpiões
Segundo dados do Ministério
da Saúde, em 2018 ocorreram 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões em todo
o país – um aumento de 13% em relação a 2017, quando foram registrados 125 mil
acidentes. Os dados do ano passado ainda não estão consolidados, portanto,
ainda não se sabe o número de óbitos, mas em 2017 morreram 88 pessoas devido a
picada de escorpiões e, em 2016, foram 115 óbitos.
“Esses dados mostram a
importância do engajamento da população no combate ao escorpião e o melhor modo
de fazê-lo é de forma preventiva, evitando que o ambiente se torne propício à
proliferação de escorpiões, devido ao acúmulo de lixo e entulhos”, afirma o
presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Dini (MDB). O presidente do
Legislativo adianta que a Câmara Municipal, através de seus veículos de
comunicação institucionais, como a TV, a Rádio Câmara e suas redes sociais,
também irá promover campanha sobre o combate ao escorpião.
Nos meses quentes e úmidos,
especialmente entre outubro e março, aumenta o número de escorpiões no meio
urbano. Entre as espécies de escorpião encontradas no país, o escorpião amarelo
é o que causa maior preocupação, devido ao seu maior potencial de envenenamento
e também pelo fato de se reproduzir de forma não sexuada, o que faz com esteja
presente numa vasta área geográfica do país, desde o Sul até o Nordeste,
passando pelo Sudeste, inclusive o Estado de São Paulo.
Formas de prevenção – A
picada do escorpião, além de dolorida, é venenosa, podendo ser grave e levar a
óbito, no caso de crianças menores de sete anos e pessoas debilitadas ou com
problemas cardíacos. Por isso, é preciso se precaver. Como o escorpião é
resistente a inseticidas, a melhor forma de prevenção é evitar ambientes que
possam servir-lhe de esconderijo, como o acúmulo de entulhos e lixo no quintal.
Também é preciso combater insetos, como moscas e baratas, que servem de
alimento ao escorpião e podem atraí-lo para dentro de casa.
Os escorpiões têm hábitos
noturnos. Vedar soleiras de portas e janelas ao escurecer, bem como vedar
frestas e buracos em forros e paredes, evita a entrada desses animais. Os
escorpiões também podem entrar nas casas através dos ralos do banheiro, pias e
tanques, por isso é muito importante usar telas ou tampas nesses ralos.
Folhagens densas rentes a paredes de casas, como trepadeiras, também podem
servir de esconderijo ao animal e devem ser evitadas.
Além desses cuidados com a
limpeza do ambiente, é preciso sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois
eles podem servir de esconderijo para escorpiões. Na medida do possível, camas
e, sobretudo, berços devem ser afastados das paredes. Essas precauções são
importantes porque o escorpião pode entrar até numa moradia limpa e sem entulho
ao redor, como apartamentos, uma vez que podem entrar nas residências através
das tubulações de esgoto, atraídos por baratas.
Tipos de acidentes – De
acordo com dados das autoridades de saúde, cerca de 95% dos acidentes com
escorpiões são leves, apresentando dor apenas no local afetado, com leve
taquicardia e agitação, mais devido à ansiedade da pessoa do que à picada em
si, e algum episódio eventual de vômito. Já nos acidentes de gravidade
moderada, além desse quadro doloroso, vômitos e náuseas compõem o quadro de manifestações
sistêmicas de pequena intensidade, juntamente com suor, taquicardia, taquipneia
e hipertensão leve.
Nos acidentes graves,
náuseas e vômitos são profusos e frequentes, o que é considerado um sintoma
importante, que prenuncia a gravidade do envenenamento. Tremores, agitação
alternada com sonolência, hipertensão arterial, taquicardia e hipotermia são
outros sintomas, podendo evoluir o quadro para arritmias cardíacas,
insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, choque e óbito.
O que fazer – Em caso de
picada de escorpião, o local da picada deve ser limpo com água e sabão. É
preciso buscar atendimento médico imediato, seja nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS), Prontos-Atendimentos (PA), Unidades Pré-Hospitalares (UPH) ou Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA). Caberá ao médico definir qual a conduta a ser tomada.
Se for possível fazê-lo com segurança, deve-se capturar o animal,e levá-lo para
a unidade de saúde. Essa medida facilita o atendimento médico, pois o soro
escorpiônico a ser ministrado dependerá da espécie do escorpião.
As autoridades de saúde
alertam que não se deve aplicar nenhum tipo de substância no local da picada,
como álcool, querosene, fumo, ervas, nem fazer curativos que fechem o local,
pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções. Também não se deve dar
bebidas alcoólicas ao acidentado, pois não têm efeito contra o veneno e podem
agravar seu quadro.
(Fontes:
Secretaria Municipal de Saúde e Ministério da Saúde)