15/01/2019 17h42

O presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB), adianta que a TV Câmara e demais veículos institucionais do Legislativo irão veicular material educativo sobre o combate aos escorpiões

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018 ocorreram 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões em todo o país – um aumento de 13% em relação a 2017, quando foram registrados 125 mil acidentes. Os dados do ano passado ainda não estão consolidados, portanto, ainda não se sabe o número de óbitos, mas em 2017 morreram 88 pessoas devido a picada de escorpiões e, em 2016, foram 115 óbitos.

“Esses dados mostram a importância do engajamento da população no combate ao escorpião e o melhor modo de fazê-lo é de forma preventiva, evitando que o ambiente se torne propício à proliferação de escorpiões, devido ao acúmulo de lixo e entulhos”, afirma o presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Dini (MDB). O presidente do Legislativo adianta que a Câmara Municipal, através de seus veículos de comunicação institucionais, como a TV, a Rádio Câmara e suas redes sociais, também irá promover campanha sobre o combate ao escorpião.

Nos meses quentes e úmidos, especialmente entre outubro e março, aumenta o número de escorpiões no meio urbano. Entre as espécies de escorpião encontradas no país, o escorpião amarelo é o que causa maior preocupação, devido ao seu maior potencial de envenenamento e também pelo fato de se reproduzir de forma não sexuada, o que faz com esteja presente numa vasta área geográfica do país, desde o Sul até o Nordeste, passando pelo Sudeste, inclusive o Estado de São Paulo.

Formas de prevenção – A picada do escorpião, além de dolorida, é venenosa, podendo ser grave e levar a óbito, no caso de crianças menores de sete anos e pessoas debilitadas ou com problemas cardíacos. Por isso, é preciso se precaver. Como o escorpião é resistente a inseticidas, a melhor forma de prevenção é evitar ambientes que possam servir-lhe de esconderijo, como o acúmulo de entulhos e lixo no quintal. Também é preciso combater insetos, como moscas e baratas, que servem de alimento ao escorpião e podem atraí-lo para dentro de casa.

Os escorpiões têm hábitos noturnos. Vedar soleiras de portas e janelas ao escurecer, bem como vedar frestas e buracos em forros e paredes, evita a entrada desses animais. Os escorpiões também podem entrar nas casas através dos ralos do banheiro, pias e tanques, por isso é muito importante usar telas ou tampas nesses ralos. Folhagens densas rentes a paredes de casas, como trepadeiras, também podem servir de esconderijo ao animal e devem ser evitadas.

Além desses cuidados com a limpeza do ambiente, é preciso sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois eles podem servir de esconderijo para escorpiões. Na medida do possível, camas e, sobretudo, berços devem ser afastados das paredes. Essas precauções são importantes porque o escorpião pode entrar até numa moradia limpa e sem entulho ao redor, como apartamentos, uma vez que podem entrar nas residências através das tubulações de esgoto, atraídos por baratas.

Tipos de acidentes – De acordo com dados das autoridades de saúde, cerca de 95% dos acidentes com escorpiões são leves, apresentando dor apenas no local afetado, com leve taquicardia e agitação, mais devido à ansiedade da pessoa do que à picada em si, e algum episódio eventual de vômito. Já nos acidentes de gravidade moderada, além desse quadro doloroso, vômitos e náuseas compõem o quadro de manifestações sistêmicas de pequena intensidade, juntamente com suor, taquicardia, taquipneia e hipertensão leve.

Nos acidentes graves, náuseas e vômitos são profusos e frequentes, o que é considerado um sintoma importante, que prenuncia a gravidade do envenenamento. Tremores, agitação alternada com sonolência, hipertensão arterial, taquicardia e hipotermia são outros sintomas, podendo evoluir o quadro para arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, choque e óbito.

O que fazer – Em caso de picada de escorpião, o local da picada deve ser limpo com água e sabão. É preciso buscar atendimento médico imediato, seja nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Prontos-Atendimentos (PA), Unidades Pré-Hospitalares (UPH) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Caberá ao médico definir qual a conduta a ser tomada. Se for possível fazê-lo com segurança, deve-se capturar o animal,e levá-lo para a unidade de saúde. Essa medida facilita o atendimento médico, pois o soro escorpiônico a ser ministrado dependerá da espécie do escorpião.

As autoridades de saúde alertam que não se deve aplicar nenhum tipo de substância no local da picada, como álcool, querosene, fumo, ervas, nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções. Também não se deve dar bebidas alcoólicas ao acidentado, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar seu quadro.

(Fontes: Secretaria Municipal de Saúde e Ministério da Saúde)