22/02/2019 17h57


Secretário de Mobilidade esclareceu que ações realizadas na Rua da Penha, que preocupavam a população, ainda não são definitivas, mas enfatizou que modificações no local são inevitáveis

Por iniciativa do vereador Hudson Pessini (MDB), a Câmara de Sorocaba realizou na tarde desta sexta-feira, 22, audiência pública com o tema “Revitalização do Centro”, com o intuito de debater as mudanças viárias previstas pela Prefeitura para as ruas da região central da cidade. Além do vereador proponente, a audiência teve participação do presidente da Câmara Municipal, Fernando Dini (MDB), do membro da comissão especial de Revitalização do Centro, vereador Luis Santos (Pros), e da vereadora Iara Bernardi (PT).

Convidado para esclarecer dúvidas sobre mudanças no Centro, que tiveram início com a ampliação temporária das calçadas na Rua da Penha, o Secretário de Mobilidade e presidente da Urbes, Luiz Alberto Fioravante, afirmou que essas ações fazem parte de um esforço da Prefeitura de Sorocaba em readequar as condições das calcadas à legislação, para garantir mais conforto e acessibilidade à população. “Estamos rigorosamente dentro da política nacional de mobilidade urbana, em que as prioridades são: primeiro lugar o pedestre; segundo o ciclista; terceiro o coletivo; quarto a carga; e somente em quinto lugar o automóvel. O mundo inteiro está dando preferência para as pessoas terem espaço para circular e isso é muito importante”, detalhou o secretário.

Fioravante destacou a necessidade de realizar alterações na Rua da Penha. “Não tem como andar nas calçadas da Rua da Penha, os pedestres têm que andar no meio da rua. É impossível manter como está, a via está fadada a ter modificações severas”. O secretário ponderou, entretanto, que as ações estão em fase experimental. “Estamos fazendo testes, não há nada em definitivo”, explicou, acrescentando que a Prefeitura está trabalhando essas alterações por meio de uma comissão multisecretarias com o apoio de diversas associações e entidades.

Hudson Pessini destacou que esses testes feitos em duas quadras da Rua da Penha surpreenderam lojistas e frequentadores do Centro e solicitou que a população seja ouvida antes o início das obras. O vereador relembrou uma série de alterações em calçadas do Centro, inclusive impedindo definitivamente o trânsito de automóveis, promovidas em governos anteriores, mas disse que nessas ocasiões as pessoas que seriam afetadas foram chamadas anteriormente para discutir as mudanças.

A vereadora Iara Bernardi disse que o fechamento das ruas do Centro favorece o comércio e que o único fator negativo, na opinião dela, foi o “elemento surpresa” da intervenção na Rua da Penha. Em seguida, a parlamentar questionou se a ampliação da calçada será estendida até a parte inferior da rua. Fioravante respondeu que nas quadras abaixo das que atualmente estão passando por testes poderá ser feita uma via compartilhada, onde pedestres e carros dividem o espaço pacificamente. “A experiência em outras cidades que tem locais assim mostra que com o tempo as pessoas acabam deixando de circular por essas ruas com os carros”, afirmou.

Por fim, o vereador Luis Santos reclamou da cultura da população que entende que as calçadas devem ser adequadas ao imóvel do proprietário, para que sirvam aos carros, e afirmou que isso precisa mudar.

Em relação à preocupação com a escola OSE, localizada na rua em debate, o secretário Fioravante afirmou que deverá ser reservado um bolsão para estacionamento em frente a ela, assim como em frente a determinados prédios onde haja pessoas com necessidades especiais.