Idealizada por Maria Cleusa Prado, homenageada pelo vereador Rodrigo Manga (DEM), a mostra retrata momentos da vida do bairro desde sua construção em 1992
Situado a 11 quilômetros do centro da cidade, com mais de 1,3 milhão de metros quadrados, o Conjunto Habitacional Júlio de Mesquita Filho, o “Sorocaba I”, é tema de exposição de fotografias no Saguão Salvadora Lopes da Câmara Municipal de Sorocaba. A mostra, que fica aberta ao público, em horário comercial, até a próxima sexta-feira, 24, busca resgatar a memória do bairro, trazendo fotos de sua construção e de diversos aspectos da vida dos moradores.
Ao todo são 33 fotos que pertencem ao acervo de Maria Cleusa Prado, idealizadora da mostra, como também do acervo do jornal Cruzeiro do Sul e de Lineu Maldonado Martins. Há fotos que mostram o bairro em construção, destacam ruas e moradores e apresentam visões panorâmicas do bairro. Também é possível ver fotos datadas de 1991, quando o Sorocaba I, que passaria a se chamar Conjunto Habitacional Júlio de Mesquita Filho, estava sendo construído.
Inaugurado em 21 de novembro de 1992, o Júlio de Mesquita Filho foi o maior conjunto habitacional da América Latina na época, com 3.506 moradias, 80 terrenos comerciais, 12 áreas institucionais, 49 ruas e sete áreas de lazer, totalizando 14.024 habitantes na data de sua inauguração. “Para os seus primeiros moradores, a vida não foi nada fácil”, enfatiza Cleusa Prado, na apresentação da mostra. Ruas de terra, pouco comércio, escolas improvisadas em estruturas pré-moldadas e linhas de ônibus precárias faziam parte do cotidiano dos moradores, conforme relata.
Maria Cleusa Prado, idealizadora da mostra sobre o Conjunto Habitacional Júlio de Mesquita Filho, está sendo homenageada pelo vereador Rodrigo Manga (DEM) com o Título de Cidadã Sorocabana, a ser concedido em sessão solene nesta terça-feira, 21, às 19h30, no plenário da Casa. Além da mostra na Câmara, o projeto de preservação da memória do Júlio de Mesquita prevê a instalação de uma cápsula do tempo, na avenida principal bairro, com centenas de cartas e recados dos moradores, a ser aberta quando o bairro completar 50 anos.