Conforme relato da administração, equipamentos passam a maior parte do tempo sem uso e outros que nem chegam a ser utilizados
Durante a visita ao Centro de Imagens São José, localizado na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, o vereador Engenheiro Martinez (PSDB) foi informado de que a estrutura inaugurada em 2017 está funcionando com apenas 25% da sua capacidade total.
De acordo com a administração do Centro, que tem contrato dom a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, boa parte dos equipamentos e das equipes técnicas distribuídas em três plantões diários, fica ociosa pela falta de pacientes, enquanto as filas de espera crescem no município.
Diante do que foi exposto o vereador fez um requerimento ao Executivo cobrando providências para otimizar a estrutura, composta de equipamentos e instalações de última geração, que poderiam reduzir a demanda por exames específicos, como: ultrassonografia, mamografia, ressonância magnética, tomografia, e raio x.
“Formos informados inclusive que existe uma sala de Hemodinâmica, para pacientes cardiopatas que precisam se submeter ao cateterismo, que nem é aberta, por falta de encaminhamento. O equipamento de raio x com contraste é outro que fica parado no Centro”, argumentou Martinez.
Da estrutura
O Centro de Imagens São José funciona numa área de aproximadamente 1.000 m², no espaço físico da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba; atende em torno de 300 pacientes por dia e realiza cerca de 6 mil exames por mês.
A estrutura contempla uma sala para a realização de mamografia digital, com dois aparelhos; uma sala de tomografia, com avançado equipamento de 16 canais; duas salas de raio x digital, com dois aparelhos cada, e computadores precisos que custam cerca de R$ 170 mil; duas salas de ultrassom; uma de ressonância magnética, inédita no hospital; além de uma sala para exame de densitometria óssea.
O Centro conta ainda com salas de digitação, de elaboração de laudos, de preparação de pacientes, de descanso para médicos, além de banheiros adaptados e de jardim de inverno.
O corpo clínico disponível tem 31 funcionários capacitados, além de 12 médicos especialistas, que atendem também todas as demandas de pacientes internados na Santa Casa, sendo: usuários do SUS, casos de urgência emergência, pacientes internados e do setor de oncologia, entre outros.
Da subutilização
O equipamento de ressonância magnética, por exemplo, só estaria funcionando de 2ª à 5ª pela manhã, ficando ocioso a maior parte da semana, assim como a equipe técnica de plantão na unidade para operá-lo.
A sala de densitometria óssea seria outra estrutura de última geração que estaria praticamente sem uso, com a realização de apenas 40 exames por mês, o que representa apenas um dia de trabalho no local.
O Centro adquiriu recentemente um tomógrafo de última geração, que custa cerca de R$ 1 milhão, e que, apesar da equipe técnica e da estrutura – capazes de realizar 70 exames por dia –, estaria sendo realizada uma média de 35 tomografias diárias.
A sala de Hemodinâmica, que poderia atender a pacientes cardiopatas, com necessidade de cateterismo, nunca teria sido aberta, por falta de encaminhamento de enfermos.
A administração afirma que o Centro poderia zerar a fila de espera por mamografias no município, mas, das duas máquinas, apenas uma é utilizada diariamente, e, no máximo até às 11h, enquanto as pacientes são encaminhadas pela Prefeitura a uma clínica que estaria, segundo denúncias, emitindo cerca de 30% de laudos inconclusivos.
(Assessoria de imprensa – vereador Engenheiro Martinez – PSDB)