Uma possível prática de improbidade administrativa. É isso o que aponta a representação elaborada pelos vereadores Francisco França e Iara Bernardi, do PT, e protocolizada na tarde desta sexta-feira (12) na Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo.
No documento, os parlamentares comunicam o MP sobre a estadia do prefeito José Crespo na cidade de Montevidéu, no Uruguai, exatamente em meio ao período de afastamento do mesmo, por 14 dias, para cuidados médicos, com orientações de "repouso domiciliar".
"É sabido por todos da cidade de Sorocaba que o prefeito Crespo responde a uma Comissão Processante, em trâmite na Câmara Municipal, além de figurar como investigado em inquérito policial instaurado a partir de operação denominada Casa de Papel, do Gaeco", destaca França. "No entanto, o prefeito Crespo não compareceu à audiência designada pela Comissão Processante, apresentando o referido atestado médico, com o único propósito de embaraçar o andamento das investigações em curso".
O vereador ainda ressalta que o atestado apresentado pelo chefe do Executivo não possui a Classificação Internacional de Doenças (CID) e que toda a situação afronta os deveres de honestidade, legalidade e lealdade às instituições, próprios ao cargo que ocupa.
Na representação, os vereadores petistas requerem ao MP "que seja instaurado competente procedimento para apuração e elucidação dos fatos expostos e, em sendo os mesmos comprovados, que sejam adotadas as medidas justas e cabíveis ao caso".
(Assessoria de imprensa – vereador Francisco França – PT)