22/07/2019 17h55

Pacientes refutam informação de que abastecimento de Sertralina estaria normalizado

Em 17 de junho um requerimento enviado pela Câmara à Secretaria de Saúde de Sorocaba questionou a respeito do desabastecimento do medicamento Cloridrato de Sertralina na rede pública. O remédio, indicado para o tratamento de depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtornos obsessivos compulsivos e quadros de fobia social, não pode ter o tratamento interrompido, e em 10 de julho o Executivo respondeu que o fornecimento do medicamento estava normalizado. O vereador Péricles Régis (MDB), autor do primeiro requerimento, vai reiterar as cobranças à Prefeitura, usando como base as informações da população que contradizem o informado pelas fontes oficiais do município.

Ao receber a resposta do requerimento que havia sido motivado por denúncias da população, Péricles postou o esclarecimento em suas redes sociais e recebeu comentários de vários pacientes que se queixam do medicamento continuar em falta na Policlínica, unidade médica responsável pela dispensação de todos os medicamentos psicotrópicos no município. “Fizemos o questionamento em junho e aparentemente o problema ainda continua, pelo menos para parte dos pacientes que dependem deste medicamento para manter sob controle seus quadros psiquiátricos”, afirma o vereador. “O relato destes pacientes é de que a interrupção pode agravar crises de ansiedade ou depressão, impactando quadros que estavam sendo tratados com sucesso até antes do desabastecimento”, complementa.

Na resposta ao requerimento, a Secretaria de Saúde não informa o motivo do desabastecimento, mas afirma que ele teria sido totalmente restaurado e que durante sua falta ele não teria chegado a ser substituído por algum similar. O documento informa ainda que o medicamento já está liberado para a retirada para todos os pacientes que tenham prescrição. Péricles Régis fará um novo requerimento, agora questionando a veracidade da informação e perguntando se existe uma parte da população que realmente permanece sem o remédio. Como o Legislativo está em recesso, e Péricles depende da realização de sessão ordinária para aprovação do requerimento, o que acontecerá somente em agosto, o vereador também encaminhará um ofício cobrando informações ainda durante o mês de julho.