29/07/2019 13h53


No primeiro semestre cidade recebeu 15 toneladas de material, mas descarte irregular preocupa

Um requerimento que será encaminhado ao Executivo quer informações atualizadas sobre a política pública do município para destinação do lixo eletrônico gerado por Sorocaba. Muito já se falou a respeito da cidade ter índices de reciclagem de resíduos da ordem de apenas 3%, no entanto não há divulgação de dados precisos quanto à quantidade de lixo eletrônico que Sorocaba destina irregularmente para o aterro sanitário de Iperó ou mesmo que acaba sendo descartado clandestinamente nos terrenos e áreas verdes da cidade.

O vereador Péricles Régis (MDB), autor do requerimento, quer saber se Sorocaba só possui a coleta de equipamentos que são entregues pela população ou também há alguma iniciativa de coleta ativa feita pelo próprio Poder Público, de porta em porta, para esse tipo de descarte. A preocupação é justificada pelo fato da geração de lixo eletrônico ser crescente em todo o mundo e este ser um tipo de resíduo altamente poluente, que pode inclusive contaminar o solo e os lençóis freáticos. “Cada vez mais trocamos de celular e outros equipamentos com menos tempo. E tem gente que simplesmente joga esses aparelhos no lixo comum ou em terrenos baldios. Basta um giro pela cidade para encontrar televisores e outros eletrônicos quebrados jogados em contêineres destinados para resíduos domiciliares, caçambas de entulho ou mesmo em áreas públicas”, afirma Péricles. ”Se Sorocaba coletou 15 toneladas de lixo eletrônico no primeiro semestre somente referente ao que foi entregue pela população, temos que pensar no montante que está sendo descartado de forma irregular”, completa.

Em seu requerimento Péricles ressalta duas iniciativas que fazem o recebimento do lixo eletrônico e que são desconhecidas de grande parte da população: a primeira delas é o Metareciclagem, que funciona na Vila Barão e recicla parte dos equipamentos recebidos, aproveitando os componentes em bom estado e montando equipamentos funcionais que são entregues a entidades filantrópicas de Sorocaba; há ainda um galpão destinado à reciclagem de lixo eletrônico no Jardim Iguatemi que é coordenado pela cooperativa de catadores Catares. “Mas em ambos, a população precisa ter a boa vontade de pesquisar, localizar os endereços e deixar os equipamentos. No caso do galpão da cooperativa há retirada em domicílio, porém só nos casos de grande quantidade. O que gostaria de saber é se não pode haver pontos de coleta mais pulverizados pela cidade e com uma forte campanha de conscientização feita pelo poder público”, questiona o parlamentar, que irá submeter o requerimento à aprovação já na primeira sessão pós-recesso, na quinta-feira (1/8).

(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)