12/11/2019 15h37

O vereador Hudson Pessini (MDB) está cobrando explicações à Secretaria da Saúde a respeito do descaso no armazenamento de prontuários médicos. O parlamentar flagrou centenas de caixas de papel amontoadas pelo chão do arquivo municipal de Sorocaba, na última quarta-feira (6). O flagrante ocorreu ocasionalmente, quando Pessini seguia para uma visita-surpresa  à Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da Prefeitura de Sorocaba, como parte dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida por ele e que investiga indícios de irregularidades na área da saúde.

No mesmo terreno, situado na Vila Hortência, funcionam diversos galpões locados pela municipalidade e destinados a serviços públicos. Pessini, que na ocasião estava acompanhado da vereadora Iara Bernardi (PT), explica que se dirigia ao CAF quando o amontoado de caixas-arquivo chamou sua atenção ao passar em frente a um dos depósitos. Ao entrar e se aproximar, verificou que tratavam-se de fichas com informações sobre atendimento médico, datadas de 2017 a 2018. Apesar da necessidade de acesso restrito, considerando o princípio do sigilo profissional sobre os prontuários médicos, os documentos encontravam-se sem o menor controle de acesso, espalhados pela entrada do galpão.

O vereador lembra que foi necessário chamar diversas vezes até que alguém aparecesse. A única pessoa presente no local se apresentou como servidor público que trabalhava no arquivo. Segundo o funcionário, as caixas são provenientes das Unidades Pré-Hospitalares e foram transferidas para o arquivo municipal após a terceirização das UPHs.

Pessini elaborou um requerimento, questionando os motivos para que as fichas de atendimento ambulatorial sejam armazenadas naquelas condições. Considerando que a prefeitura mantém contrato com uma empresa responsável por implementar um sistema de prontuários eletrônicos, Pessini ainda questiona se os documentos jogados no galpão já foram ou ainda serão digitalizados e disponibilizados nesse sistema.

"Não dá pra admitir um descaso com documentos que deveriam ser mantidos em condições de sigilo. E se um médico precisa do prontuário de um paciente? Como vai localizar naquela bagunça? E por qual razão tanto papel se há um contrato que prevê um sistema informatizado? Queremos saber por que isso aconteceu e quem será responsabilizado pela situação", pontua o vereador.

(Assessoria de Imprensa – vereador Hudson Pessini/MDB)