Além da alteração na carga horária de funcionários da Educação, foi
aprovada a abertura de crédito adicional para emendas impositivas dos
vereadores ao orçamento 2019.
Logo após a 73ª sessão
ordinária da Câmara Municipal de Sorocaba, foram realizadas na manhã desta terça-feira,
19, novas sessões extraordinárias para votação de dois projetos do Executivo,
relativos às emendas impositivas e à carga horária do suporte pedagógico. Os
dois projetos foram aprovados em definitivo e seguem agora para sanção da
perfeita Jaqueline Coutinho.
Abrindo as discussões foi
aprovado o Projeto de Lei n° 339/2019, do Executivo, que autoriza a abertura de
crédito adicional suplementar ao orçamento da Prefeitura. Totalizando R$ 8,08
milhões, o crédito suplementar é destinado a diversas dotações e pretende
adequar emendas impositivas dos vereadores.
A referida matéria tem o
mesmo teor e finalidade do Projeto de Lei n° 231/2019, que fora aprovado na
Câmara Municipal, mas recebeu veto do Executivo por conta de erros em rubricas
orçamentárias. O novo projeto contempla ainda modificações que haviam sido
realizadas na matéria original por meio de emendas dos vereadores Fernanda
Garcia (PSOL), Iara Bernardi (PT) e Péricles Régis (MDB). O projeto foi
aprovado com três emendas da Comissão de Justiça apenas para adequação de sua
redação.
Sobre a aprovação de um
crédito suplementar, Anselmo Neto (PSDB), questionou a veracidade da peça
orçamentária elaborada pelo Executivo, lembrando que o orçamento atual,
aprovado no ano passado, não se concretizou, o que, em sua opinião, deve se
repetir em 2020. “Mais uma vez vamos aprovar um orçamento fictício, já que em
agosto ou setembro não haverá mais recurso. Esse orçamento além de fictício é
mentiroso. Até quando vamos ficar aprovando orçamento irreal?”, questionou.
O vereador Renan Santos
(PCdoB), em nome da Comissão de Economia, disse que há ainda a possibilidade de
que o projeto em tramitação na Casa, que estipula o próximo orçamento, seja
adequado antes da aprovação.
Suporte pedagógico – Também foi aprovado o Projeto de
Lei nº 334/2019, do Executivo, que altera a redação do § 2º do art. 9º,
acrescenta o § 4º do art. 9º, todos da Lei nº 8.348, de 27 de dezembro de 2007,
que cria, amplia, extingue e regulamenta cargos do Quadro Permanente da
Administração Direta e Autárquica, para estipular em 30 horas semanais a carga horária do suporte pedagógico.
O projeto altera a jornada de trabalho dos seguintes
cargos efetivos do quadro do magistério: supervisão
de ensino, orientação pedagógica, direção e vice direção de escola. De acordo
com a justificativa do Executivo, os referidos cargos são os únicos da
municipalidade não beneficiados pela legislação que institui a jornada de 30
horas semanais no caso de exigência de nível superior, gerando uma
desvalorização das funções que compõem a equipe de suporte pedagógico.
O projeto foi aprovado com
uma emenda adequativa, excluindo o Art. 1º do projeto, que citava outras
categorias da área de saúde que, segundo o líder do Governo, Eng. Martinez
(PSDB), foram incluídas erroneamente no projeto.
Martinez fez um retrospecto
da luta da categoria por igualdade, destacando que a lei que corrigia a carga
horária do suporte pedagógico, de sua autoria, em parceria com o vereador
Anselmo Neto (PSDB) e o então vereador Marinho Marte, foi suspensa, depois de
dois anos de vigência, por vício de iniciativa. “A prefeita, sensível à causa,
percebeu que se tratava de perseguição, pela origem, e não uma questão de
isonomia”, disse.
Servidores do suporte
pedagógico acompanharam a votação. Parlamentares defenderam a aprovação e
ressaltaram que se trata de uma vitória para a luta conjunta dos profissionais,
da Câmara, da prefeita Jaqueline Coutinho e do Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais.
“Essa correção é extremamente
justa, para que esses profissionais, da mesma, forma, sejam igualados aos
demais profissionais com nível universitário da Prefeitura”, afirmou Iara. “Hoje
vamos sanar uma injustiça. Nós sabíamos que o ex-prefeito perseguia os funcionários
públicos”, concordou Renan Santos (PCdoB). Outros vereadores também se
manifestaram favoravelmente e destacaram o caráter igualitário do projeto.