Além do projeto de autoria do
vereador Wanderley Diogo (PRP), outra proposta aprovada em primeira discussão,
do Executivo, cria o “Banco de Ração”.
A causa animal é tema de dois projetos de lei aprovados
pelos vereadores nesta terça-feira, 2, durante a 77ª sessão ordinária da Câmara
Municipal de Sorocaba. Em segunda discussão, foi aprovado o Projeto de Lei nº
321/2019, do vereador Wanderley Diogo (PRP), que obriga as clinicas,
consultórios, hospitais, pet shops e demais estabelecimentos veterinários,
quando constatarem indícios de maus tratos nos animais atendidos, a comunicar
imediatamente o fato aos órgãos municipais de denúncia.
Segundo o autor, o objetivo é ampliar a
fiscalização de condutas criminosas envolvendo crueldade contra animais. “Esse
projeto vem de encontro a vontade da população. Vou encaminhar uma cópia ao
Conselho Municipal de Bem-Estar Animal”, disse. João Donizeti (PSDB) e Cintia
de Almeida (MDB) parabenizaram o autor pela aprovação da medida.
Antes, porém, abrindo a ordem do dia, foi
aprovado também em segunda discussão o Projeto de Lei nº 320/2019, do vereador
Engenheiro Martinez (PSDB), que estabelece a obrigatoriedade de todas as
empresas participantes de processos licitatórios e contratadas para prestação
de serviços de mamografia a possuírem o selo de qualidade em mamografia do
Colégio Brasileiro de Radiologia – CBR.
Na justificativa do projeto, Martinez afirma
que há índices necessários de qualidade da imagem radiográfica, dos laudos
elaborados e da pós-auditoria de cada etapa da mamografia a serem seguidos para
garantir a melhor qualidade do serviço, além de reforçar que atualmente muitas
mamografias realizadas na rede pública são inconclusivas. “Isso vai melhora
muito a saúde da mulher em relação ao combate ao câncer de mama”, ressaltou o
autor.
Banco de ração – Abrindo a relação de matérias em primeira discussão, foi
aprovado o Projeto de Lei nº 346/2019, do Executivo, com o objetivo de
instituir em Sorocaba o Programa Banco de Ração. O objetivo, segundo a
justificativa da proposta, é centralizar, organizar e gerir a coleta e
distribuição de rações pelo Poder Público, permitindo que diversos doadores
possam direcionar os produtos e estes sejam redistribuídos para os animais por
organizações da sociedade civil e protetores previamente cadastrados. O
vereador Rodrigo Manga (DEM) anunciou que pretende apresentar uma emenda ao
projeto, em segunda discussão, para ampliar a possibilidade de distribuição de
ração para animais de famílias carentes.
Também do Executivo e em primeira discussão, foi
aprovado o Projeto de Lei nº 347/2019, que visa permitir às entidades que
compõem a administração indireta do Município a realizarem os concursos
públicos para o provimento de seus próprios cargos, bem como os processos
seletivos para contratações temporárias que lhes interessem. Para tanto, o
projeto altera a redação do artigo 11 do Estatuto dos Servidores Públicos
Municipais de Sorocaba (Lei nº 3.800, de 2 de dezembro de 1991), que atualmente
reserva essa atribuição à Secretaria de Administração da Prefeitura.
Ainda em primeira discussão, foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 19/2019, da Mesa da Câmara Municipal, que acrescenta o
§6º ao art. 104 do Regimento Interno, permitindo que durante o recesso
parlamentar os requerimentos que solicitem a convocação de sessões solenes e
audiências públicas sejam aprovados pela Mesa Diretora.
Fora de pauta – Foi retirado de
pauta pelo autor, para realização de audiência pública, o Projeto
de Lei nº 368/2019, do vereador Vitor do Cachorrão (MDB), em primeira discussão,
que dispõe sobre normas relativas à livre iniciativa, ao livre exercício de
atividade econômica e à atividade regulatória do município, foi retirado de pauta
para oitiva do Executivo. O autor ressaltou a importância de desburocratizar a
economia e lembrou que se trata de um momento nacional.
“Tanta gente querendo levar o pão para sua mesa
e não consegue abrir seu negócio. Esse projeto busca agilidade que é crucial
para o sucesso do empreendedorismo”, ressaltou, lembrando que na capital
paulista projeto semelhante foi considerado constitucional, ao contrário do seu
que recebeu parecer contrário da Comissão de Justiça.
O presidente da comissão, Péricles Régis,
reforçou que além do vicio formal do projeto, que precisa partir do Executivo,
sua redação é a mesma Medida Provisória da Liberdade Economia e recomendou adequações
para que a proposta suplemente a legislação federal, com foco no Município. O parlamentar
também sugeriu a realização de audiência pública para debater a proposta e,
posteriormente, a apresentação de um substitutivo.
Da mesma forma, o Projeto de Lei nº 343/2019,
do vereador João Donizeti (PSDB), em primeira discussão, que modifica o art. 3º
da Lei nº 11.493, de 01 de março de 2017, que estabelece a Política Municipal
de Incentivo ao uso de carros elétricos ou movidos a hidrogênio, foi retirado
de pauta pelo autor para estudos. Assim como os anteriores, foi retirado de
pauta o Projeto de Resolução nº 18/2019, de autoria do vereador Engenheiro Martinez
(PSDB), em primeira discussão que altera a redação do §1º do art. 95 e
acrescenta o art. 136-A ao Regimento Interno.