Já projeto do Dr. Hélio Brasileiro (MDB),
que veda incentivos fiscais a empresas envolvidas em corrupção, foi aprovado em
segunda discussão.
A Câmara Municipal de Sorocaba realizou na manhã
desta terça-feira, 9, a 79ª sessão ordinária, a penúltima antes do recesso de
fim de ano. Abrindo a ordem do dia, a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada
em definitivo, após os vereadores acatarem o parecer da Comissão de Economia ao
Projeto de Lei nº 318/2019, de autoria do Executivo, que fixa o orçamento municipal
para 2020.
A LOA foi aprovada na Casa, em duas discussões,
com 519 emendas parlamentares. O projeto do Executivo estima o próximo orçamento
em R$ 3,336 bilhões, sendo que a Secretaria da Saúde tem a maior parcela
prevista, no montante de R$ 557,3 milhões, seguida pela Secretaria de Educação,
com R$ 544,7 milhões.
Em segunda discussão, foi aprovado o Projeto de
Lei nº 315/2019, do vereador Hélio Brasileiro (MDB), que dispõe sobre a
proibição de concessão de incentivos fiscais às empresas que comprovadamente
tenham envolvimento em corrupção de qualquer espécie, lavagem de dinheiro ou
com ato de improbidade administrativa praticado por agente público ou
particular em colaboração com o município. De acordo com o parlamentar, a
propositura tem o condão de desestimular as condutas criminosas de corrupção,
lavagem de dinheiro e atos ímprobos que formam o denominado “crime organizado”,
tipificado pela Lei Federal nº 12.850/13.
O autor destacou que se trata do quarto projeto
de sua autoria dentro do que classificou como “pacote anticorrupção”. O
primeiro prevê transmissão ao vivo das licitações; o segundo barra empresas “ficha-suja”
das concorrências públicas e o terceiro busca combater empresas laranjas. “Se nós
e outros municípios criarmos leis, vamos começar a tornar o Brasil inóspito
para corruptos”, afirmou. Outros parlamentares defenderam o projeto e
ressaltaram a importância da série de mecanismos de controle e combate à
corrupção propostos por Hélio Brasileiro. O projeto foi aprovado com emenda adequativa
da Comissão de Justiça.
Também em segunda discussão, foi aprovado o
Projeto de Lei nº 277/2019, do vereador Fernando Dini, que declara de utilidade
pública a Coopereso (Cooperativa de Egressos, Familiares de Egressos e
Reeducandos de Sorocaba e Região). Na justificativa do projeto, o parlamentar
ressalta que a cooperativa é a primeira em todo o Brasil voltada diretamente a
ajudar o egresso do sistema prisional a se ressocializar e ingressar no mercado
de trabalho de maneira digna e autossuficiente.
Rejeitado – Após dividir opiniões, foi
rejeitado em 2ª discussão o Projeto de Resolução nº 10/2019, de autoria do
vereador Péricles Régis (MDB), dando nova redação ao parágrafo único do art.
164 do Regimento Interno da Câmara, reduzindo de oito para três o limite de
títulos de Cidadão Honorário, que poderão ser concedidos anualmente por cada
vereador - sendo um Título de Cidadão Sorocabano, um Título de Cidadão Emérito
e um Título de Cidadão Benemérito.
O autor, que mais uma vez defendeu a proposta,
afirma que sua intenção é valorizar das honrarias, já que, em número excessivo,
as mesmas caem em descrédito, além de onerar financeiramente a Câmara com
despesas de placas e cerimonial. Vereadores como Hudson Pessini (MDB) e Renan
Santos (PCdoB) concordaram com o autor. Já os vereadores Engenheiro Martinez (MDB),
Luiz Santos (PROS) e Pastor Apolo (PSB) se colocaram contrariamente à alteração.
O projeto recebeu sete votos favoráveis e 13 contrários. A proposta também foi
rejeitada em primeira discussão.
Já o Projeto de Lei nº 296/2019, da vereadora
Fernanda Garcia (PSOL), em segunda discussão, que institui o Dia e a Semana
Municipal do Brincar no Calendário Oficial de Eventos do Município de Sorocaba recebeu
nova emenda do vereador Luis Santos (Pros) e saiu de pauta. Caso se torne lei,
o “Dia do Brincar” será celebrado no dia 28 de maio, data em que já é lembrada
internacionalmente
Por fim, o Projeto de Lei nº 41/2018, do
vereador Rodrigo Manga (DEM), em segunda discussão, começou a ser defendido
pelo autor, mas, devido ao fim do tempo regimental não chegou a ser votado. A
proposta, que prevê isenção de IPTU para academias que ofertarem aulas de
natação com desconto de 50% para crianças de famílias de baixa renda ou
gratuitas para as assistidas por programas sociais, recebeu nove emendas. O
projeto deve abrir a ordem do dia da próxima sessão, sendo seguido pelos demais
projetos da pauta que restaram como remanescentes.