16/01/2020 17h03

Sem conseguir matar mosquitos, Zoonoses teme epidemia, segundo informação levantada pelo vereador Péricles Régis (MDB)

 

Sorocaba está há oito meses sem o veneno Malathion, usado para matar o mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue, zica e chikungunya. O problema envolve o fornecimento do produto pelo Ministério da Saúde e o temor do setor de Zoonoses de Sorocaba é que a cidade enfrente uma epidemia destas doenças em 2020.

 

A informação foi levantada durante ação de fiscalização do vereador Péricles Régis (MDB) ao Centro de Vigilância em Saúde, no Jardim Betânia. Segundo Thaís Buti, chefe de divisão da Zoonoses, relatou ao parlamentar, a suspensão do fornecimento começou a ocorrer depois que o Ministério da Saúde encontrou lotes de veneno que não passaram em testes de qualidade.

 

“O veneno é usado para aplicações feitas pelos agentes de endemias e com o uso do caminhão do fumacê em locais onde a densidade larvária é alta e há casos registrados. Sem o veneno, esses mosquitos se proliferam, o que deve fazer os casos subirem rapidamente com a intensificação da temporada de chuvas”, afirma o vereador.

 

Péricles questionou a chefe de divisão sobre a possibilidade de Sorocaba adquirir em caráter emergencial algum substituto, porém o veneno Cielo, que é mais moderno, ainda depende de validações dos órgãos de saúde por tratar-se de um produto importado. Uma terceira saída seria usar um veneno da ordem dos piretóides, que era usado anteriormente no país, porém o Aedes teria desenvolvido resistência e ele e seu uso é desestimulado pelo Ministério da Saúde.  Para Sorocaba, a exemplo de outros municípios de todo o Brasil, só resta esperar a resolução da situação por conta do governo federal.

 

A única alternativa para que a cidade reduza a incidência das doenças é investir em prevenção através do controle de criadouros, o que passa necessariamente pelo envolvimento com a população. “Hoje Sorocaba possui cerca de 140 agentes na Zoonoses, metade do que a cidade necessitaria. Além disso, os cerca de 40 veículos que o órgão possui não são suficientes para atender a toda cidade. Se a população não se envolver e combater os criadouros que estão nas suas casas, a cidade como um todo irá pagar e pessoas vão morrer, como ocorreu em anos anteriores”, afirma o vereador.

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador Péricles Régis/MDB)