Pacientes reclamam da demora no agendamento de consultas por conta de remanejamento de médicos, e vereador questiona Prefeitura.
Na manhã de hoje (12), o presidente da Câmara de Sorocaba, vereador Fernando Dini (MDB), esteve na Policlínica Municipal para apurar denúncias de pacientes sobre o serviço prestado pela unidade de saúde. De acordo com as reclamações recebidas pelo vereador, médicos estariam sendo realocados para o serviço de urgência, deixando a área de especialidades desguarnecida, aumentando a fila de espera por atendimento, como constatado na visita.
“Por exemplo, a ortopedia conta com demanda reprimida, com uma fila de mais de sete mil pessoas aguardando uma consulta ou remarcação dessa consulta, sem sucesso”, afirmou o presidente do Legislativo, destacando também que o tratamento para pessoas com comorbidades crônicas sofre com a falta de profissionais. “São o principal grupo, de risco da Covid-19, como os cardiopatas, diabéticos e hipertensos. Não podemos deixar que a população padeça ainda mais em relação a falta de atendimento na área da saúde”, disse Dini.
O vereador afirmou que constatou que existe sim a deficiência de atendimento na Policlínica, conforme as denuncias recebidas, e se comprometeu a buscar soluções. “Vamos lutar para que todos sejam atendidos de forma igualitária”, ressaltou.
Requerimento - Em busca de solução para o problema enfrentado pelos pacientes, o parlamentar protocolou um requerimento solicitando informações detalhadas sobre o remanejamento dos profissionais de saúde para o atendimento de urgência no combate à pandemia de Covid-19.
No documento, Fernando Dini questiona quantos profissionais que atuam na área da saúde foram remanejados, de onde saíram e para qual local de trabalho foram deslocados, se receberam treinamento para atuar em novas funções e os critérios para tal ação. Ele também pergunta sobre qual a demanda atual por novos atendimentos decorrentes do combate à pandemia do Covid -19, que possa justificar o remanejamento dos profissionais.
Além disso, o requerimento solicita informações sobre a repercussão das mudanças nos atendimentos de rotina nas UBS e no serviço de especialidades, considerando os efeitos imediatos e de longo prazo (de 90 a 180 dias). Por fim, questiona quais as medidas estratégicas que o Poder Executivo Municipal pretende adotar para retomar a normalidade dos serviços de saúde e atender a demanda decorrente das consultas suspensas na atenção básica e nas especialidades, lembrando que no caso da Policlínica, apenas na área de ortopedia, entre consultas e retornos, aproximadamente 18 mil pacientes aguardam atendimento.