Após receber a informação de que o Grupo de Apoio e Combate à Droga e Álcool Santo Antônio (Grasa) está realizando internações psiquiátricas, a vereadora Fernanda Garcia (PSOL) elaborou um requerimento, fazendo questionamentos à prefeitura.
O Grasa é uma instituição que funciona sob repasse de recursos públicos municipais, para oferecer atendimento as pessoas que possuem vínculo familiar abalado ou rompido, em função da dependência de álcool ou outros tipos de drogas.
Entretanto, no dia 12 de novembro, o Secretário Municipal da Cidadania, Paulo Henrique Soranz, assinou um termo aditivo com a Grasa, ampliando em quase R$ 30 mil o valor do repasse à instituição e também o número de vagas de internos: de 35 para 45. A descrição da ação de serviço prestado por esse aditivo contratual é de “Proteção Social Especial de Alta Complexidade”.
De acordo com a vereadora Fernanda, a prefeitura precisa esclarecer mais detalhadamente qual é esse serviço, se procede a informação de que se trata de internação psiquiátrica e se a instituição possui autorização e condições para efetuar esse tipo de internação - haja visto que há uma política de desinstitucionalização em vigor na cidade, que definiu os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) e o Serviço Residencial Terapêutico (SRT) como medidas alternativas para o acompanhamento psiquiátrico.
“Toda vez que se fala em internação psiquiátrica, isso nos causa preocupação. Está convencionado que essa não é a melhor maneira de acompanhar as pessoas que necessitam de assistência psiquiátrica. Queremos um esclarecimento por parte da prefeitura. Tenho informações que o espaço estrutural e o quadro de profissionais do Grasa não correspondem a esse tipo de serviço. Além disso, estamos em uma pandemia. É preciso verificar se há condições sanitárias no local”, explica a motivação do requerimento e levantado outra discussão.
“Normalmente, quando a família busca medidas extremas como a internação, é porque não houve o acompanhamento que o paciente necessitava junto ao CAPS, ou mesmo o fornecimento da medicação controlada. A Prefeitura Municipal precisa garantir o atendimento aos pacientes, para que possam estabelecer o convívio social de maneira mais humanizada e acolhedora possível. Quando se falha no acolhimento e busca a internação como saída, o Poder Público está falhando duas vezes com esse paciente”, avalia Fernanda Garcia.
Além do requerimento à prefeitura, Fernanda também informou o Conselho Regional de Psicologia (CRP), comunicando eles sobre a iniciativa do mandato e sugerindo o acompanhamento do caso.
(Assessoria de Imprensa – vereadora Fernanda Garcia/PSOL)