09/02/2021 11h51
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O vereador Fernando Dini (MDB), aluno do professor por cerca de 20 anos, foi o autor do voto de pesar, assinado também por todos os vereadores

Milton Marinho em homenagem da Câmara no Dia do Professor, em 2015  “A sociedade sorocabana está enlutada: morreu o professor Milton Marinho, um educador que muito se destacou em sua época e ajudou a construir todo o sistema de ensino que Sorocaba tem hoje.” Com essas palavras, o vereador Fernando Dini (MDB) justificou o voto de profundo pesar que apresentou durante a sessão ordinária desta terça-feira, 9, em virtude da morte do professor Milton Marinho Martins, aos 99 anos, ocorrida na noite de segunda-feira, 8. O presidente da Casa, vereador Cláudio Sorocaba (PL), e todos os demais vereadores fizeram questão de assinar conjuntamente o voto de pesar.

“Tive a alegria e a honra de estudar sob a direção do professor Milton Marinho na Escola Achilles de Almeida e é em respeito à sua memória, à sua família e à própria história de Sorocaba que presto essa homenagem. Felizmente, tive a oportunidade de homenageá-lo em vida por sua total dedicação ao ensino”, afirma Fernando Dini, ressaltando que o professor Milton Martinho está indissoluvelmente ligado à história da educação em Sorocaba.

Dados biográficos – Milton Marinho Martins era paulista da cidade de Tietê, onde nasceu em 20 de novembro de 1921, filho de Albertino Martins de Oliveira e Carlota Marinho Martins. Foi casado com a professora Maria das Graças Soares Martins e teve três filhos. Formou-se, em 1941, na antiga Escola Normal Municipal Livre de Sorocaba (atual Escola Municipal Getúlio Vargas).

Começou sua carreira no magistério como professor da escola noturna de alfabetização de adultos, mantida pela Loja Maçônica Perseverança III. Foi fundador e diretor da Escola Achilles de Almeida durante 40 anos. Também lecionou no Seminário Menor São Carlos Borromeu, no Ginásio Ciências e Letras e no Curso Ferroviário da Estrada de Ferro Sorocabana, onde tornou-se professor por concurso em 1944.

Eleito vereador em 1947, tomou posse em 1948 e exerceu o mandato até 1951. Também foi secretário da Educação e Saúde em 1972. É autor do livro Mélange, que reúne seus escritos literários, e de obras que tratam de aspectos da história de Sorocaba, como a participação de soldados sorocabanos na Segunda Guerra.