Vinícius Rodrigues afirmou que o município segue rigorosamente o Plano Nacional de Vacinação e as diretrizes do Governo do Estado
Vinícius Rodrigues afirmou que o município segue rigorosamente o Plano Nacional de Vacinação e as diretrizes do Governo do Estado. Também refutou que haja falhas na fila de vacinação contra a Covid-19
O secretário da Saúde, Vinícius Rodrigues, esteve na Câmara durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 11, para sanar as dúvidas dos vereadores em relação ao processo de vacinação na cidade. Convidado pelo presidente Cláudio Sorocaba (PL) a utilizar a tribuna, o secretário ressaltou que o Município segue rigorosamente o Plano Nacional de Vacinação, definido pelo Governo Federal, e a grade repassada semanalmente pelo Governo Estadual.
Explicou ainda que a vacinação contra a Covid-19, a vacinação acontece em caráter emergencial, onde apenas a União compra as vacinas e faz a distribuição igualitária para todo o país, destacando que está sendo utilizada a grade de vacinação da influenza de 2019. “Essa grade não bate exatamente com o IBGE, mas é importante respeitar essa grade”, afirmou.
De acordo com secretário, Sorocaba recebe semanalmente as doses, às terças-feiras, seguindo a proporcionalidade dos municípios paulistas. “A grade chega na quarta, na quinta cedo a gente já está usando. Assim temos feito seguindo todas as orientações do Estado”, disse.
Vinícius Rodrigues frisou que até o momento não houve nenhuma falha na vacinação no Município, mas que todas as denúncias recebidas são averiguadas e caso ocorram serão encaminhadas ao Ministério Público para seguimento. Com relação às denúncias já apuradas, afirmou que são de jovens que foram vacinados, mas que trabalhavam em unidades incluídas na grade semanal do Estado., reforçando que não foram encontradas irregularidades.
Vacinação na Itavuvu - Aberto os questionamentos, o vereador Francisco França (PT) quis saber sobre a vacinação pelo sistema de drive-thru no Shopping Cidade, que gerou lentidão no trânsito na Avenida Itavuvu na manhã desta quinta-feira. O parlamentar sugeriu a descentralização da vacinação. “É muita gente em um lugar só, sem estrutura. Uma faixa é do BRT, outra da vacinação, sobrando uma única via”, afirmou. Aproveitando a presença do secretário, França também cobrou uma solução para acabar com a fila na rede por consultas e procedimentos.
De acordo com o secretário, até quatro mil pessoas podem ser vacinadas diariamente no sistema drive-thru, porém houve uma grande concentração de pessoas no período da manhã, quando 50% do público esperado procurou o ponto de vacinação nas três primeiras horas do dia. Ainda segundo ele, algumas pessoas não estão respeitando a faixa do BRT, mas que a Prefeitura está monitorando as filas. “Temos que pedir para a população não ir toda ao mesmo tempo. Se tivéssemos metade indo no período da manhã e metade a tarde não teríamos esse problema”, disse.“Quando a gente anuncia um público é porque temos vacina para eles. Quando falarmos para ir por livre demanda é porque temos para todo mundo”, reforçou.
Sobre as filas da Saúde, disse que a proposta é zerá-las ainda este ano e para tanto o Governo esteve em Brasília buscando recursos. Reforçou ainda que a pandemia não possibilita a realização de mutirões de cirurgias, sendo a programação prevista para o segundo semestre.
Em seguida, o vereador Fernando Dini (MDB) disse que recebeu denúncias de que quatro pessoas que não estão na linha de frente e não fazem parte do grupo de risco teriam sido vacinadas. “Até onde a transparência do processo de vacinação pode ser posto para essa Casa e para a população?”, questionou. O vereador quis saber ainda se os agentes do combate a endemias, que foram vacinados, fazem parte da prioridade, o que foi confirmado pelo secretário. Sobre a divulgação das identidades das pessoas que foram vacinadas, o secretário afirmou que a lei garante o direito à intimidade das pessoas. Sobre as denúncias, pediu que sejam formalizadas para que sejam apuradas.
O líder do Governo na Casa, vereador João Donizeti Silvestre (PSDB), agradeceu a presteza do secretário de Saúde, em comparecer à Casa, voluntariamente, para conversar com os vereadores e dirimir as dúvidas dos parlamentares e da população. O parlamentar sugeriu o uso do CIC como ponto de vacinação. Segundo o secretário, o local dificulta, pois não há sombra para as filas.
Fábio Simoa (Republicanos) também reforçou que será preciso novos locais para vacinação, com o avanço das faixas etárias e aumento do público alvo. O parlamentar sugeriu o uso do estacionamento da Uniso. O secretário explicou que, conforme houver necessidade, novos pontos serão escolhidos. Mas, de acordo com o secretário de Saúde, os munícipes abaixo dos 60 anos, deverão ser vacinados nas UBSs, por meio de agendamento.
Como médico, o vereador Dr. Hélio Brasileiro (PSDB), reforçou a dificuldade de gerenciamento da vacinação, devido à escassez de vacinas, e devido à subjetividade do conceito de linha de frente. “Porém, sempre que procuramos a Secretaria de Saúde para questionar quando uma categoria profissional seria vacinada, fomos prontamente atendidos”, disse.
Vacinação de professores - Em resposta ao vereador Vinícius Aith (PRTB), o secretário reforçou, mais uma vez, que a Secretaria da Saúde vem seguindo todas as orientações da Vigilância Epidemiológica Estadual e que o critério é por local de atuação do profissional e não por sua função. Disse ainda que todos os profissionais da linha de frente já foram vacinados em Sorocaba, além de 90% do total de profissionais de saúde e todos os idosos acima de 90 anos. No momento estão sendo vacinados os idosos acima de 85 anos e hoje está sendo aplicada a segunda dose nos primeiros profissionais de saúde vacinados.
Ainda em resposta ao parlamentar, disse que não há data para vacinação dos professores, de acordo com o Plano Nacional e Estadual, mas que a Prefeitura já oficiou o Estado solicitando a vacinação dos educadores e também já manifestou seu interesse, junto ao Instituto Butantã e a Fiocruz, em comprar vacinas quando houver a possibilidade.
A vereadora Iara Bernardi (PT) também reforçou a necessidade de vacinação dos professores. Questionou ainda como seria possível a cidade adquirir vacinas. Rodrigues afirmou que enquanto não houver liberação das vacinas, além do uso emergencial, não haverá possibilidade de compra, a não ser pelo Governo Federal. “O que foi feito, foi uma intenção de compra junto ao Butantã e Fiocruz”, explicou. “Só vamos poder comprar após a meta de imunização dos municípios ser cumprida”, completou.
Sobre a segurança para a volta às aulas, questionada pela parlamentar, o secretário, como profissional da saúde, disse ter convicção de que o retorno é seguro, ressaltando que os profissionais de educação estão em treinamento. “O mundo todo já voltou às aulas e não houve aumento dos casos de coronavírus, nem aumento da propagação do vírus, porque foram seguidos protocolos de segurança que a secretaria de saúde de Sorocaba também desenvolveu”, afirmou.
Em seguida, Dylan Dantas (PSC) quis saber se há previsão de disponibilizar a vacinação nas diversas regiões da cidade, para facilitar o acesso dos idosos, citando inclusive algumas mensagens recebidas durante a manhã de hoje de munícipes com dificuldades em ir até a Zona Norte. O secretário ressaltou que, como os públicos iniciais são menores, optaram por fazer em um único ponto de drive-thru, mas que serão ampliados os locais nos públicos maiores.
Outras demandas - O presidente Cláudio, questionou sobre o cumprimento de promessa de campanha de ampliação do atendimento no bairro Sorocaba I, com um PA 24 horas. De acordo com o secretário, a ampliação está prevista para o segundo semestre. Assim como outros vereadores, Vitão do Cachorrão (MDB) também sugeriu pontos de vacinação em todos os pontos da cidade e também quis saber sobre a vacinação de acamados mais jovens, o que, segundo o secretário, não é possível no momento, pois não há previsão dentro do planejamento do Governo Estadual.
Já em resposta ao vereador Luis Santos (Republicanos), o secretário confirmou que os idosos das entidades de longa permanecia já foram vacinados, com exceção de locais em surto. Em seguida, Silvano Jr. (Republicanos) retomou o tema das longas filas de exames e cirurgias e também cobrou a implantação de um PA na Aparecidinha. Segundo o secretário, não há previsão orçamentária para zerar as filas, mas reforçou que o governo busca recursos externos por meio de emendas. Sobre o PA da Aparecidinha, disse que a previsão de implantação é no final deste ano, ou início do próximo. Silvano também solicitou a inclusão de pacientes oncológicos e de hemodiálise no cronograma de vacinação, o que, mais uma, o secretário refutou, por estarem fora da programação do Estado.
Encerrando as participações, o vereador Rodrigo do Treviso (PSL) falou sobre a grande demanda por pacientes com câncer e a demora no acesso ao tratamento. O secretário reforçou que se tratam de pacientes de responsabilidade do Estado e que a DRS (Diretoria Regional de Saúde) é quem gerencia o atendimento. Por fim, Péricles Régis (MDB) quis saber se haverá prorrogação no contrato com o Instituto Diretrizes, que foi, inclusive, alvo de CPI na Casa. Rodrigues disse que assim que o novo governo assumiu, foi feita uma prorrogação no contrato, por 90 dias, e, em seguida, aberto o processo de licitação, reforçando que a secretaria de saúde aguarda o fim da auditoria.