18/02/2021 12h29
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Da autoria de Vinicius Aith (PRTB), o requerimento foi aprovado em plenário, com apartes de Péricles Régis, Iara Bernardi e Hélio Brasileiro

Vinicius Aith (PRTB)As más condições sanitárias da Rodoviária de Sorocaba, com lixo acumulado e banheiros sem manutenção, foram discutidas pelos vereadores durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 18. O assunto foi suscitado pelo vereador Vinicius Aith (PRTB), que apresentou requerimento ao Executivo, destacado e aprovado em plenário, no qual solicita um plano de ação para melhorar as condições sanitárias e de higiene de toda a Rodoviária.

“Com cerca de 700 mil habitantes e cidade-sede de sua Região Metropolitana, não dá mais para Sorocaba ter uma rodoviária como essa que temos”, afirmou Vinicius Aith, elencando problemas do Terminal Rodoviário como mau cheiro, lixo acumulado e falta de segurança. O vereador disse que chegou a solicitar mais segurança e que foram enviados algumas viaturas da Guarda Civil Municipal para fazer a vigilância do local nas madrugadas.

Iara Bernardi (PT)“Mas o que precisamos mesmo é de uma nova rodoviária. Essa que temos é inadmissível para uma cidade do porte de Sorocaba” – enfatizou o parlamentar. Em seu requerimento, Vinicius Aith enumera os problemas enfrentados pelos usuários da Rodoviária e solicita à Prefeitura medidas efetivas para melhorar o terminal, enquanto uma nova não é construída, como a completa limpeza dos banheiros. O vereador disse que vem conversando com o prefeito Rodrigo Manga sobre o assunto e que a intenção do Executivo, segundo Aith, é recorrer à parceria público-privada para construir uma nova rodoviária.

Proximidade com hospitais – “Temos cidades menores que Sorocaba com rodoviárias bem melhores e mais bonitas”, afirmou Iara Bernardi (PT). “Vários prefeitos trataram dessa necessidade de tirar a Rodoviária do centro, mas é uma obra que exige recursos externos, reserva de área, talvez investimentos da iniciativa privada. No passado, o então prefeito Vitor Lippi disse que não gostaria de tirar a Rodoviária do centro porque ela atende a todo o complexo hospitalar da região. Isso deve ser levado em conta”, alertou a vereadora, defendendo que o ideal é que, ao fazer a transferência da rodoviária, seja criada uma linha direta entre o novo terminal e o Complexo Hospitalar.

Dr. Hélio Brasileiro (MDB)O vereador Dr. Hélio Brasileiro (PSDB) contou que, quando veio fazer residência em Sorocaba, morou nas proximidades da Rodoviária e, como viajava de ônibus para dar plantões em outras cidades, também era usuário do terminal. “Hoje, a minha clínica fica nas proximidades da Rodoviária e sou testemunha de que o local atrai moradores de rua e traficantes. Já tive paciente minha que contou ter comprado drogas lá”, relata, defendendo também a construção de uma nova rodoviária fora do centro, próximo de uma rodovia, dando o exemplo de Recife, onde isso ocorreu.

Custos de limpeza – O vereador Péricles Régis, que desde seu primeiro mandato também trabalha pela mudança de local da Rodoviária, ressaltou que essa mudança é da alçada exclusiva do Poder Executivo, por mais que o Legislativo se empenhe na questão. “Quero deixar registrado um requerimento que fiz no ano passado, questionando a situação da Rodoviária, e o Executivo, em resposta, informou que, só de limpeza na Rodoviária, são gastos 25 mil reais por mês”, informou o parlamentar. A resposta do Executivo ao referido requerimento data de 2 de março de 2020.

Péricles Régis (MDB)“Existe uma proposta que está prevista como diretriz no Plano diretor de Mobilidade Urbana, a Lei 11.319, de 2016, prevendo a construção de uma nova rodoviária. Seria nas proximidades do Jardim Novo Eldorado”, frisou Péricles Régis, observando que, de acordo com essa diretriz, a nova Rodoviária deverá ser construída no entroncamento rodoviário formado pela Rodovia Celso Charuri com a ferrovia, no limite da área urbana da cidade, entre as rodovias Raposo Tavares e José Ermírio de Moraes (Castelinho), que, por sua vez, dá acesso à Rodovia Castelo Branco. 

“Muito se fala em mudança da rodoviária, mas pouco se faz. Precisamos de um prefeito que ponha a mão na massa. Se não for através da iniciativa privada, essa mudança tem que ser posta no papel, tem que constar na LDO, no PPA, na LOA. É a parte técnica, a parte chata, que ninguém gosta de falar”, afirmou Péricles Régis, referindo-se às leis orçamentárias que são votadas pela Casa: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a LOA (Lei Orçamentária Anual).