22/02/2021 13h37
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A vereadora observa que, mesmo sem aulas presenciais, a Secretaria da Educação determina volta de servidores nas escolas

Fernanda Garcia em sessão, no plenárioA vereadora Fernanda Garcia (PSOL) apresentou um requerimento questionando a Prefeitura sobre a volta do trabalho presencial dos servidores públicos municipais com filhos menores de seis anos de idade. A iniciativa da vereadora questiona a instrução normativa da Secretaria da Educação, que tem obrigado os servidores da educação com filhos pequenos a permanecerem de maneira presencial nas escolas, desde o dia 15 de fevereiro, mesmo sem a realização de aulas presenciais. A medida afeta profissionais do suporte pedagógico, secretários de escola, auxiliares de administração, auxiliares de educação, inspetores de alunos e auxiliares de serviços operacionais.

"Fui procurada por diversas mães que trabalham na educação e tem filhos com menos de seis anos. Afinal, se as aulas ainda não estão acontecendo de maneira presencial, qual o sentido de obrigá-las a dar plantão na escola? Essa medida desrespeita todos os servidores da educação, em especial aqueles que tem dependentes pequenos em suas casas", contesta.

De acordo com os trabalhadores da educação, as tarefas que estão sendo cumpridas até agora poderiam ser desenvolvidas de maneira remota.

"Não é razoável obrigar um servidor a deixar uma criança sozinha na casa, se deslocar pela cidade e dar plantão em uma escola onde não há alunos. Se o servidor não tiver condições de realizar suas tarefas de maneira remota e prefira ir à escola, tudo bem. Entretanto, se for possível realizar a tarefa em sua casa e o servidor não se sentir seguro para voltar a escola, deveria ser um direito o trabalho remoto", defende a vereadora.

Para Fernanda, esse é um problema mais amplo, resultante de um movimento irresponsável pela volta antecipada às aulas. De acordo com ela, Sorocaba deveria subordinar a volta às aulas de acordo com o avanço da vacinação. 

"Nessa pandemia, levamos quase um ano para o desenvolvimento de vacinas. Agora que nós temos acesso a elas, a volta das aulas presenciais deveria ser planejada de acordo com a vacinação da população. Sem a imunização das parcelas da população que compõem o grupo de risco e dos profissionais da educação, a volta às aulas ocorrerá de maneira precoce e poderá aumentar as chances de um colapso hospitalar", alerta.

(Assessoria de Imprensa – Vereadora Fernanda Garcia/PSOL)