31/05/2021 13h42
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Devido ao fechamento temporário da Casa, a audiência foi realizada no auditório da Secretaria de Cidadania, presidida por Vitão do Cachorrão

A prestação de contas da Secretaria de Saúde, relativa ao I Quadrimestre de 2021 (janeiro, fevereiro, março e abril) foi realizada em audiência pública, sob o comando do vereador Vitão do Cachorrão (Republicanos), presidente da Comissão de Saúde, também integrada por Fernanda Garcia (PSOL), que esteve presente, e Fábio Simoa (Republicanos). Também estiveram presentes a vereadora Iara Bernardi (PT) e o vereador Cristiano Passos (Republicanos). A audiência, que estava marcada para a última sexta-feira, acabou sendo adiada e – devido ao fechamento temporário da Câmara, em razão de surto de Covid-19 – foi realizada no auditório da Secretaria de Cidadania, no centro de Sorocaba.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Vitão do Cachorrão, lamentou a realização da audiência fora das dependências do Legislativo Municipal. "Nós temos que entender esse momento, em que o mais importante é preservar as vidas, e estamos vivendo essa situação de surto na Câmara. Seria melhor termos sediado a audiência lá, com mais estrutura. Fica nosso agradecimento à Secretaria da Cidadania, que ofereceu a suas dependências para que realizássemos essa apresentação hoje", afirmou.

O secretário de Saúde, Vinicius Rodrigues, juntamente com sua equipe, apresentou a produção e os dados financeiros da pasta relativos aos primeiros quatro meses do ano. Também apresentou dados gerais sobre a saúde em Sorocaba, que apresenta um crescimento da população atendida pelo SUS nos últimos anos: passou de 52,48% em 2013 para 58,89% em 2020.

A Região Noroeste da cidade conta com o maior contingente de usuários do SUS, totalizando 90.867 habitantes, seguida pela Região Sudoeste, com 73.739 habitantes e pela Região Centro-Sul, com 72.066. Laranjeiras, Sorocaba I, Jardim Rodrigo, e Márcia Mendes e Wanell Ville são as Unidades Básicas de Saúde que concentram o maior contingente populacional atendido pelo SUS. O Carandá se destaca por ter quase toda sua população dependente do SUS, seguido pelo Habiteto.

Atendimentos realizados – Foram realizadas, no primeiro quadrimestre do ano, 69.453 consultas médicas de urgência e emergência nas unidades próprias da Prefeitura (Pronto-Atendimento de Brigadeiro, Laranjeiras, São Guilherme, Carandá, Sorocaba I e Central de Regulação). Já na rede terceirizada (Gpaci, Santa Lucinda, Santa Casa e UPH das Zonas Leste, Norte, Oeste e UPA do Éden), foram 182.236 atendimentos. Na Atenção Básica (Clínica Médica, Estratégia de Saúde da Família, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria), foram 144.060 atendimentos. No total, foram feitas 465.785 consultas, envolvendo 2.883 profissionais. Também foram realizadas 313.636 consultas de enfermagem (390 profissionais); 108.353 consultas multiprofissionais (171 profissionais) e 16.148 consultas odontológicas (212 profissionais), além de 34.438 procedimentos odontológicos. Na área de saúde mental, foram 8.886 atendimentos médicos e 16.864 atendimentos multiprofissionais.

No I Quadrimestre, foram realizados 1.288.964 exames diagnósticos, como de laboratório clínico (851 mil), coleta de material (223 mil), radiologia (81 mil), ultrassonografia (10,7 mil) e tomografia (3,4 mil), entre outros. No Ônibus Rosa, que atende mulheres de forma itinerante, foram realizados 2.884 atendimentos, enquanto no Ônibus Azul, destinado aos homens, foram feitos 3.549 atendimentos. 

A Secretaria da Saúde também apresentou um quadro detalhado sobre as vagas para atendimento oferecidas em todas as unidades e as faltas dos pacientes que deixam de comparecer ao atendimento. Na Regional Leste, o percentual de faltas foi de 24,5%; na Regional Norte, 31,39%; na Regional Oeste, 27,31%. 

O índice de faltas nos procedimentos odontológicos foi de 22,5%.Nos quatro primeiros meses do ano, houve um total de 7.688 internações. Foram realizadas 2.808 cirurgias (1.758 de urgência e 1.050 eletivas), das quais 664 foram cirurgias obstétricas, seguidas de cirurgias do sistema osteomuscular (434), cirurgias do aparelho digestivo (388) e cirurgias do aparelho circulatório (355), entre outras. 

Por hospital, as cirurgias se distribuem da seguinte forma: Gpaci, 306 (168 de urgência); Santa Casa, 1.471 (1.007 de urgência); Santa Lucinda, 1.031 (583 de urgência). No total de atendimentos (cirurgias, consultas, exames etc.), a Santa Casa contabilizou 78.846 procedimentos; o Hospital Santa Lucinda, 38.493; o Gpaci, 35.714.

Prevenção à saúde – O relatório de prestação de contas da Secretaria de Saúde também apresentou as ações de educação em saúde, englobando, aulas, treinamentos, oficinas e estágios supervisionados, com 796 estagiários. Também foram apresentados os dados dos programas de atendimentos aos recém-nascidos de risco, pacientes diabéticos, com doenças sexualmente transmissíveis e hanseníase, além dos programas de saúde do adulto e do trabalhador. Já no Serviço de Atenção Domiciliar, foram atendidos, em média, 830 pacientes a cada mês, com 322 casos novos e 143 óbitos no período.

Já as ações de Vigilância em Saúde totalizaram, entre outros, 101.500 atendimentos realizados pela Zoonoses, dos quais mais de 73 mil foram visitas para controle de criadouros do mosquito da dengue em imóveis da cidade. Foram realizados 22.064 exames no Laboratório Municipal para detecção de doenças transmissíveis, dos quais 10.028 foram para detectar Covid-19, além de sífilis (7.404), dengue (4.112), tuberculose (475), hanseníase (30) e chikungunya (9). Já a cobertura vacinal (cuja meta anual varia de 90% a 95%) oscilou entre 80,84% (rotavírus) e 87,08% (sarampo, caxumba e rubéola). No primeiro quadrimestre, foram aplicadas 179 mil doses da vacina contra a Covid-19.

Auditorias na saúde – No primeiro quadrimestre, a Secretaria da Saúde contabilizou cinco auditorias. Uma delas, já encerrada e encaminhada ao Conselho Municipal de Saúde, concluiu que a empresa Human Concierge Logística Eireli não cumpriu o contrato com a Prefeitura de forma apropriada. Outras quatro auditorias estão em andamento, duas para analisar contratos de gestão da UPH da Zona Norte e da UPH da Zona Oeste, com o Instituto Diretrizes, e outra para analisar a prestação de contas da Santa Casa no período de 2014 a 2016, além de uma auditoria sobre os contratos realizados pela Prefeitura para atendimento à Covid-19.