17/06/2021 10h20
atualizado em: 17/06/2021 10h24
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O vereador também discorreu sobre serviços postais, saneamento básico e recursos hídricos na entrevista ao Jornal da Câmara

Os problemas na iluminação pública e nos serviços postais em Sorocaba foram alguns dos temas abordados pelo vereador João Donizeti Silvestre (PSDB) na entrevista que concedeu ao Jornal da Câmara, da Rádio Câmara, virtualmente, na manhã desta quinta-feira, 17, antes da sessão ordinária da Casa. O parlamentar também discorreu sobre o saneamento básico e a represa de Itupararanga, que abastece a cidade.

“Temos cerca de 70 mil bicos de luz instalados nas ruas da cidade e a troca daquelas lâmpadas queimadas tem sido muito morosa. Estamos conversando com o prefeito para que esse serviço, executado por uma empresa contratada, possa ser ampliado e melhorado no ano que vem, com os recursos do crédito externo, de tal forma que seja implantada iluminação de LED em toda a cidade”, afirma o vereador.

Serviços postais – João Donizeti também discorreu sobre a qualidade dos serviços dos Correios em Sorocaba. Essa é uma de suas bandeiras desde mandatos anteriores, uma vez que, conforme enfatiza, a qualidade dos serviços postais prestado pela empresa pública caiu muito. “Temos de 70 a 80 núcleos habitacionais em Sorocaba, que surgiram nos últimos dez anos, e não contam com o serviço dos Correios. Isso significa cerca de 70 mil pessoas, ou seja, 10% da população de Sorocaba”, contabiliza o vereador. 

O parlamentar sugere que cada um desses núcleos habitacionais possa contar com um estabelecimento comercial local, para servir de ponto dos Correios, já que a instituição não dispõe de recursos para prestar o serviço. “Infelizmente, os Correios não abrem diálogo com Sorocaba para que possamos apresentar essa proposta, então, como não temos conseguido dialogar com os Correios regionalmente, estamos recorrendo ao Ministério Público Federal”, conta João Donizeti.

Saneamento básico – O parlamentar, que promoveu recente audiência pública sobre o marco regulatório do saneamento básico, também discorreu sobre a questão, observando que, no Brasil, 35 milhões não têm acesso a água potável, 100 milhões não dispõem de coleta e tratamento de esgoto e cerca de 4 milhões defecam ao ar livre. Para João Donizeti, o marco regulatório do saneamento é uma legislação muito complexa, que estabelece novos critérios de exploração dos serviços de saneamento, com maior impacto na área do esgoto.

João Donizeti observa que o marco regulatório prevê que o serviço de água e esgoto possa ser privatizado e reconhece que é importante criar um estímulo para que a iniciativa possa participar e ampliar esse serviço. Mas alerta que essa privatização traz riscos, especialmente para o Estado de São Paulo, que, como Estado mais desenvolvido do país, já tem os melhores índices de saneamento básico. E cita como exemplo Sorocaba: “O Saae desempenha um serviço de alta qualidade, que é um dos melhores do Brasil, e a nova legislação pode nos prejudicar” – alerta, acrescentando que é preciso ficar atento a essa legislação no âmbito da Assembleia Legislativa.

Represa de Itupararanga – Os recursos hídricos do município, notadamente a represa de Itupararanga, responsável pela maior parte do abastecimento da cidade, também é objeto de preocupação do vereador, uma vez que os níveis da represa estão baixos. João Donizeti defende que Sorocaba tenha uma ação mais propositiva quanto à recuperação do manancial da represa de Itupararanga, que vem sendo afetada pela poluição por parte de municípios lindeiros, pela monocultura de eucaliptos e pela falta de investimento nos rios que alimentam a represa.

“Sorocaba tem que ter uma ação política contundente para que o Governo do Estado tome as providencias necessárias quanto a esses problemas enfrentados pela empresa de Itupararanga. Sorocaba tem que ser mais protagonista. Precisamos tratar essa questão dentro da Região Metropolitana”, afirma o vereador, lembrando que a represa de Itupararanga é responsável por mais de 80% da água potável que abastece o município e, mesmo com o início do funcionamento da estação de tratamento do Vitória Régia, a dependência da represa vai continuar em torno de 65 ou 70%.