Após meses de luta, vereadores comemoram formalização do benefício para a categoria, diretamente afetada pela pandemia
Depois da aprovação em sessões extraordinárias, foi sancionada na manhã desta quarta-feira, 30, a lei que cria o benefício emergencial aos autorizatários e condutores do serviço de transporte escolar inscritos no município. Foram meses de luta da categoria e dos vereadores para garantir auxílio aos trabalhadores, que foram diretamente afetados pela suspensão das atividades escolares presenciais por conta da pandemia de Covid-19.
O presidente da Câmara, Claudio Sorocaba (PL), e os vereadores Vitão do Cachorrão (Republicanos) e Luis Santos (Republicanos) acompanharam, ao lado do prefeito Rodrigo Manga e do Secretário da Cidadania, Clayton Lustosa, o ato de assinatura da nova lei, que reuniu diversos profissionais do transporte escolar no estacionamento do Paço Municipal.
A lei sancionada institui o pagamento de R$ 600 mensais, pelo prazo improrrogável de três meses. Para concessão do benefício, foi autorizada a abertura de crédito suplementar ao orçamento no valor de R$ 1,08 milhão.
O presidente da Câmara parabenizou o prefeito Manga pelo olhar sempre atento aos temas essenciais do município, e o secretário de Cidadania, pelo empenho nas causas sociais. Também reforçou a importância do trabalho desenvolvido pelos condutores escolares. “Quero cumprimentar a todos, pois sabemos da importância de vocês na vida de cada um de nós que tem filho pequeno. Eu deixei minha filha de 4 anos nas mãos de vocês. Os pais sabem da sinceridade e do trabalho honesto que fazem em nossa cidade”, afirmou.
Luta de meses – O vereador Vitão do Cachorrão lembrou o empenho do Legislativo, que, desde o início da pandemia, luta ao lado dos representantes da categoria por um auxílio aos condutores. “Ninguém foi mais afetado do que os condutores de vans, que cuidam das nossas crianças. Infelizmente essa pandemia vem se arrastando e a antiga prefeita não nos ouviu. Não podemos nos esquecer de todos que lutaram”, disse. O parlamentar também solicitou a ampliação do horário das creches, que retornaram com o ensino presencial. “Muitos perderam suas vans, contraíram empréstimos, acumularam dívidas. Só duas horas de escola não vai adiantar. Eles precisam trabalhar urgentemente”, completou.
O vereador Luis Santos também comemorou o que classificou como “uma pequena ajuda, mas essencial enquanto os condutores não podem voltar ao trabalho”.
O presidente da Câmara destacou ainda que, apesar da burocracia inerente do poder público, o Legislativo se empenhou para que o projeto fosse aprovado com urgência. “Muitas vezes o projeto demora, pois temos que respeitar algumas regras, mas, fizemos tudo certo e vocês serão beneficiados. Assim que o projeto ficou pronto, convoquei a sessão extraordinária e aprovamos. Sabemos que o que vocês queriam não era estar aqui, era estar trabalhando. O que resolverá o problema é todo nosso povo vacinado”, ressaltou.
Da mesma forma, o prefeito Rodrigo Manga agradeceu o empenho dos parlamentares na aprovação do projeto, reforçando a agilidade do presidente Cláudio Sorocaba na convocação da extraordinária e da Comissão de Justiça, presidida por Luis Santos, que exarou o parecer com urgência. “Corrigimos o projeto, tiramos os itens burocráticos, para que todos pudessem receber o auxílio”, afirmou.
Já o secretário de Cidadania reforçou que, com o avanço da pandemia, surgiram novos grupos vulneráveis e que a categoria foi muito afetada. “Faremos agora uma força-tarefa para cadastrar todos os motoristas para que tenham acesso o mais rápido possível a esse benefício tão necessário”, disse.
Os presidentes da Associação do Transporte Escolar de Sorocaba e Região, Douglas Cardoso de Oliveira; da Associação Sorocabana de Condutores Escolares, Claudia Melo; e do Sindicato dos Condutores Escolares de Sorocaba e Região, Edivandro Marques da Silva, também participaram do ato. “Logo logo essa pandemia vai passar, voltaremos a trabalhar e teremos nossa dignidade resgatada”, afirmou Cláudia Melo. Diversos secretários municipais também acompanharam a assinatura da nova lei, assim como assessores parlamentares.