Programa da Rádio Câmara entrevistou a jornalista Carol Gáspari, assessora do vereador Rodrigo do Treviso (PSL) na edição desta quarta-feira.
O programa Resenha Política desta quarta-feira (14) recebeu a presença da jornalista Carol Gáspari, assessora do vereador Rodrigo do Treviso (PSL), para falar sobre a longa experiência atuando na assessoria de imprensa de vereadores na Câmara de Sorocaba. A entrevista, conduzida pelo Secretário de Comunicação Fábio Mascarenhas, e o assessora de imprensa do Legislativo, Lincoln Salazar, foi transmitida ao vivo pela Rádio e TV Câmara Sorocaba.
Carol contou que desde pequena esteve ligada à política por ser filha de Carlos Gáspari, um dos fundadores do PT (Partido dos Trabalhadores) em Sorocaba. Foi ele, que ela considera um herói, quem despertou na jornalista a vontade de ajudar a melhorar a sociedade. A decisão de entrar para o jornalismo surgiu por ser desinibida e gostar de português. "Mas em nenhum momento, nos meus quatro anos de curso na faculdade, pensei em entrar para a área política", contou, lembrando que o trabalho de conclusão de curso foi voltado para a assessoria de entidades do terceiro setor.
O início na carreira dentro da comunicação política foi 2008, convidada pelo pai para assessorar a campanha de um dos candidatos a prefeito de Sorocaba. Depois ainda trabalhou em TV e, na sequência, recebeu convite para ingressar na assessoria de imprensa do então vereador Izídio de Brito. Passou também pela assessoria do vereador Péricles Régis (MDB) e hoje trabalha com Rodrigo do Treviso.
Fiscalização - Sobre o conhecimento do terceiro setor, a jornalista desatacou a importância das entidades não governamentais para a manutenção de serviços essenciais para a sociedade, e destacou como exemplo o Banco de Alimentos, um referência na cidade e que foi criado pelo pai quando era gerente da Ceagesp em Sorocaba. "Ele via um monte de alimentos que era jogado fora por falta de valor comercial, e um monte de gente que morava ou que era mais pobre e pegava aqueles restos", disse sobre a entidade que hoje distribui alimentos para população carente e diversas outras ongs (organização não-governamental).
Carol contou que que muitas entidades são alvos de criticas por receberem dinheiro público, mas ressaltou que elas são fundamentais por oferecer serviços que muitas vezes o poder público não realiza, e que se existem problemas é por falta de fiscalização dos trabalhos realizados. E por falar em fiscalização, a jornalista contou que é uma das atividade que desenvolve na assessoria de gabinete, lembrando da atuação na CPI da Santa Casa.
"Conseguimos comprovar que havia desvio de verbas na Santa Casa", disse Carol, sobre a investigação que desvendou ainda outros problemas na área de saúde da cidade, quando trabalho com o vereador Izídio de Brito. Segundo ela, foram quatro anos de muito trabalho e aprendizado, além da experiência adquirida para poder mudar, de fato, a vida das pessoa. "A CPI me marcou bastante, porque muita gente morreu sem atendimento pois estava havendo desvios da verba e o pronto socorro não deu conta", disse.
A jornalista lembrou também de outras atividades, como a coleta de assinatura para um abaixo-assinado pela construção de um hospital municipal na cidade. "Foram 26 mil eleitores sorocabanos que aprovaram em 2012, apresentamos o projeto na casa e estamos em 2021 e cadê o hospital?", questionou.
A experiência de atuação de Carol no legislativo também foi abordada pela questão da diversidade de ideias entre os parlamentares com quem trabalhou, e afirmou que o maior desafio de qualquer assessor é garantir a confiança do vereador. "Izídio era de luta, um sindicalista, o Péricles era social, e o Rodrigo é bairrista. São três formas totalmente diferentes de trabalhar e ao mesmo tempo é o mesmo trabalho, garantir o bem-estar da população, emendas, criar projetos de interesse da população", contou.
Questionada sobre como trabalhar com visões de mundo e perfis diferentes, Carol disse que é um desafio, que nasceu na esquerda mas que hoje não se vê nessa denominação. Contou que é preciso entender como funciona o marketing político e deixar o coração de lado. "Não é fácil de fazer, mas eu sigo as minhas regras", resumiu, ressaltando que sempre coloca as pessoas em primeiro lugar, mas tem políticos com que não trabalharia. No dia a dia do gabiente, lembrou que são comuns as quedas de braço com os colegas, mas que cada um se completa. Vivemos numa democracia", resume.
Ao final do programa, Carol se emocionou a lembra que perdeu o pai para a Covid-19. "Eu jamais vou conseguir externa o quanto sou grata por tudo que ele me ensinou como ser humano, ser pessoa, trabalhar pelo próximo e para de de olha para o próprio umbigo e trabalhar pela melhoria de um grupo de pessoas", disse.