13/08/2021 11h19
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Em programa da TV Câmara, o vereador João Donizeti (PSDB) e a Dra. Waldirene Maldonado ressaltaram a gravidade do problema para o controle da diabetes, principalmente em crianças.

O tratamento da diabetes e a falta de remédios na rede pública de saúde foram o tema do programa Câmara Debate, da TV Câmara, levado ao ar à noite desta quinta-feira, 12, por iniciativa do vereador João Donizeti Silvestre (PSDB). Com apresentação de Fernanda Brugnerotto, o programa contou com a participação da médica de estratégia da família da Unidade Básica de Saúde do bairro Cajuru, Dra. Waldirene Aparecida Ervilha Maldonado, e de Alice Gomes Silva, de 7 anos, que é diabética. Integrantes da Associação de Diabetes de Sorocaba (ADS) também acompanharam a gravação do programa. 

João Donizeti ressaltou que foi procurado por diversos munícipes que estão sofrendo com a falta dos insumos que são distribuídos gratuitamente pela rede pública, através da Farmácia de Alto Custo, o que levou o vereador a procurar o Executivo e também os deputados estaduais e federais da cidade, para que intercedam junto ao Ministério da Saúde, responsável pela dispensação dos medicamentos. O parlamentar protocolou ainda um pedido junto ao Ministério Público e à Procuradoria da República. Segundo o vereador, o problema não é recente, mas se agravou nos últimos meses.

“Eu, pessoalmente, fui muito cobrado, o que me deixa muito preocupado, porque envolve a qualidade de vida dessas pessoas, principalmente os portadores de diabetes Tipo I. Esses insumos e medicamentos, como a insulina, que são de responsabilidade do Governo Federal, estão faltando há dois anos e precisamos dar visibilidade a esse problema ”, iniciou o parlamentar. 

Durante o programa, a Dra. Waldirene, que é também professora de residência hospitalar na área de saúde da família, explicou os tipos da doença. “Temos vários tipos de diabetes. O mais comum não é o Tipo I e sim o Tipo II, que acontece com adultos, geralmente a partir dos 40 anos, de progressão mais lenta e gradual ”, explicou. 

Em relação ao diabetes do Tipo I, a médica ressaltou que se trata de uma doença abrupta, que acomete principalmente crianças e pessoas até os 20 anos. “É uma doença que aparece de uma hora para outra e o pâncreas dessas crianças têm uma falência total e imediata de produção de insulina. Essas crianças precisam de insulina no primeiro momento da doença, com qualquer idade que ela apareça ”, destacou. 

Segundo o Atlas de Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quinto país no mundo em incidência da doença, com quase 17 milhões de adultos diabéticos. Por se tratar de um medicamento de custo alto, falhas na distribuição de insulina pela rede pública comprometem diretamente o controle da doença em crianças e adultos . O programa Câmara Debate já está disponível nas redes sociais do Legislativo.