Em entrevista à Rádio Câmara, o vereador também cobrou melhorias no terminal de Aparecidinha e falou de seu projeto sobre higienização das mãos
A necessidade de manter as medidas de higienização das mãos, a melhoria do terminal de ônibus em Aparecidinha e a segurança das escolas municipais foram alguns dos temas abordados pelo vereador Francisco França (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública, em sua entrevista ao “Jornal da Câmara”, da Rádio Câmara, na manhã desta quinta-feira, 23, antes da sessão ordinária. Na entrevista conduzida por Priscilla Radighieri e Amanda Mendes, o vereador também abordou a crise hídrica.
Autor do Projeto de Lei nº 254/2021, que torna obrigatória a disponibilização de álcool em gel em todos os estabelecimentos públicos e privados do município, como comércios, indústrias, terminais, entidades, órgãos públicos, entre outros, Francisco França ressaltou a importância dessa medida para prevenir tanto a Covid-19 quanto outras doenças. O projeto já foi aprovado em plenário e aguarda sanção do Executivo.
Transporte público – Entre as recentes ações de seu mandato, Francisco França está reivindicando a instalação de banheiros e bebedouro no Miniterminal de Ônibus (Área de Transferência) de Aparecidinha. “Os terminais nos bairros são bem-vindos, mas é preciso dar condições aos trabalhadores e aos próprios usuários do sistema. O miniterminal de Aparecidinha não tem sequer um banheiro para os funcionários nem água potável. Eles usam o banheiro do CRAS, que fica aberto em horário comercial, ou precisam pedir emprestado o banheiro de moradores”, observa, acrescentando que já se reuniu com as empresas e a Urbes para buscar uma solução urgente para o problema.
Indagado sobre o BRT, que está completando um ano, o vereador, que integra o sindicato da categoria dos trabalhadores do transporte, afirma que o sistema está funcionando bem. “O BRT criou alguns transtornos, com a mudança de itinerários e a necessidade de transferência nas estações do Vitória Régia e São Bento, entre outras, sem vir direto para os Terminais Santo Antônio e São Paulo, mas, no geral, o sistema é bom e o transporte melhorou bastante”, afirma França.
Segurança nas escolas – Presidente da Comissão de Segurança Pública, também composta pelos vereadores Cícero João (PTB) e Dylan Dantas (PSC), Francisco França observa que, além da emissão de pareceres técnicos nos projetos de lei pertinentes à sua área de atuação, a comissão também acompanha os problemas de segurança na cidade e, atualmente, vem se preocupando, sobretudo, com a violência nas escolas. “A segurança pública, em geral, é precária, faltam recursos humanos e equipamentos, mas o que mais tem chamado a atenção é a violência nas escolas, que têm sido invadidas, furtadas e depredadas constantemente”, afirma.
Francisco França cobrou do Executivo a ampliação do programa de colocação de guardas nas escolas. “Temos 175 escolas municipais e apenas 200 guardas para cuidar dessas escolas, o que significa que apenas 50 escolas contam com guardas, as demais estão à mercê dos marginais. Estamos cobrando do prefeito que amplie esse programa, colocando guardas em todas as escolas, ou crie um programa de zeladoria, que defendemos. Se cada escola tivesse alguém morando, sem dúvida, iria melhorar muito a segurança nesses estabelecimentos”, afirma França, lamentando que ao roubar fiação, equipamentos e até a merenda das escolas, as pessoas que praticam esses crimes estão prejudicando toda a comunidade.
O vereador também abordou a crise hídrica, destacando que sua colega de bancada, Iara Bernardi, tem acompanhado de perto o problema, e cobrou do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) uma atuação mais efetiva na questão. França defendeu a realização de uma campanha de esclarecimento à população por parte do órgão para que o racionamento de água na cidade possa ser evitado. “Além da crise no abastecimento de água, temos a crise da energia, que estão interligadas. O Brasil, infelizmente, está à beira de um colapso, por falta de planejamento”, criticou. No final da entrevista, o vereador conclamou a população a se vacinar contra a Covid-19.