Publicada lei que institui como Patrimônio Cultural de Sorocaba a obra “YbySoroc”, de Pedro Lopes

João Donizeti com Pedro Lopes em recente entrevista à Rádio CâmaraFica Instituída como Patrimônio Cultural da Cidade de Sorocaba a obra “YbySoroc”, um conjunto de 20 painéis que retratam a história de Sorocaba, do artista plástico sorocabano Pedro Lopes.” É o que estabelece a Lei 12.386, de 7 de outubro de 2021, de autoria do vereador João Donizeti Silvestre (PSDB), publicada no Jornal do Município, na quinta-feira, 7.

Trata-se de um conjunto de 20 painéis que retratam a história de Sorocaba, desde a fundação da Vila de Nossa Senhora da Ponte do Rio Sorocaba, por Baltasar Fernandes, em 1654, até episódios mais recentes da história da cidade, como o assassinato do advogado sorocabano Joaquim Marques Ferreira Braga (1872-1911), o Dr. Braguinha, e a chegada da luz elétrica e do primeiro automóvel. Os painéis, medindo 1,90 por 2,50 metros, foram produzidos pelo artista entre os anos de 2000 e 2005. 

Na justificativa da lei, João Donizeti ressalta que “a obra retrata momentos decisivos da história da cidade, desde sua fundação, e contribui para que o sorocabano se reconheça em suas raízes e possa compreender melhor as diferentes épocas que ajudaram a construir Sorocaba”.

O vereador observa que, além do aspecto histórico, o conjunto de painéis também apresenta “um instigante aspecto estético”, uma vez que cada acontecimento incorpora concepções estilísticas da arte pictórica predominante na época em que ocorreu. “Dessa forma, estão presentes nos painéis desde o Maneirismo, contemporâneo da fundação de Sorocaba, até a Transvanguarda e a o Neoexpressionismo, passando pelo Barroco, o que levou o museólogo e crítico Fábio Magalhães a elogiar o modo como Pedro Lopes se dedica à pintura histórica”, afirma.

Formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Pedro Lopes Soares nasceu em Sorocaba em 29 de junho de 1951. Realizou exposições individuais em São Paulo, Goiânia, Campinas e Americana, além de Sorocaba, e participou de mostras coletivas no Rio de Janeiro, Curitiba Tóquio e Osaka. Também foi professor na Faculdade de Belas Artes, entre 1976 e 1986.