04/11/2021 15h11
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A munícipe Roseli Granado denunciou a demissão da equipe do CAPS III, quebrando vínculos com os pacientes

A munícipe Roseli Granado fez uso da tribuna durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 4, com o objetivo de denunciar a situação do Centro de Apoio Psicossocial “Viver em Liberdade” (CAPS III), da qual é usuária como mãe de uma pessoa com deficiência intelectual. 

Segundo Roseli Granado, a entidade responsável pelo CAPS, APGP, demitiu a equipe médica e a coordenação anterior, quebrando os vínculos dos pacientes com a equipe, que, no seu entender, são fundamentais para o tratamento. A munícipe também cobrou mais fiscalização em relação às organizações sociais que atuam na saúde mental em Sorocaba. 

Vereadores se pronunciaram sobre a questão. Concordando com a munícipe, o vereador Prof. Salatiel Hergesel (PDT) reiterou que a saúde mental exige vínculos entre os pacientes e a equipe profissional e criticou as terceirizações na área, devido a essa quebra de vínculos, entre outras razões.

A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) também ressaltou o problema: “As organizações sociais são uma praga no serviço de saúde. Elas visam o lucro e vão corroendo o sistema”, disse a vereadora, que realizou audiência pública sobre o assunto e, juntamente com entidades, iniciou um trabalho de vistoria na área.

O vereador João Donizeti Silvestre (PSDB), líder do governo, ressaltou a importância das organizações sociais para realizar serviços que o setor público é incapaz de realizar, mas ressalvou que esse serviço tem que ser realizado com qualidade, o que, segundo ele, não vem ocorrendo com APGP. 

O líder do governo adiantou que, de acordo com o que lhe informou o secretário de Saúde, Vinícius Rodrigues, a entidade será substituída e isso só não ocorreu ainda devido aos trâmites legais.