Projeto de Decreto Legislativo que homenageia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região foi aprovado pela Câmara Municipal
Foi aprovado nesta quinta-feira (02), no Plenário da Câmara Municipal de Sorocaba, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 63/2021, de autoria do vereador Francisco França (PT), que concede o Título de Cidadão Sorocabano a Leandro Candido Soares. Leandro é presidente do SMetal - Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
De acordo o vereador França, desde 2017, quando assumiu o seu primeiro mandato como presidente do SMetal, Leandro vem realizando um trabalho ascendente dentro do conceito "sindicato-cidadão" à frente do sindicato. "Esta forma de trabalho norteia o sindicato também para as questões sociais junto às comunidades locais e engloba à luta sindical outras dimensões essenciais da cidadania", destaca o parlamentar.
De 2017 a 2021, a atuação do sindicato reconquistou 2.500 postos de trabalho, lutou pela segurança e saúde dos trabalhadores durante a pandemia, além de garantir o emprego, mais investimentos e acordos, apesar da crise política e social. "Hoje, o sindicato dos metalúrgicos conta com mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras em 14 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba, e com a consciência de que ainda há muitos desafios pela frente. Porém, com a tutela de um dirigente que não se exime às lutas de sua classe", ressalta França.
Quem é Leandro Soares - Natural da cidade de São Paulo, Leandro nasceu em 1982 e é o mais velho dos três filhos do seu Guilhermino dos Santos Soares e da dona Hilda Cândido Soares. Passou a infância na capital e, em 1994, veio com a família para Sorocaba, uma vez que seu pai era metalúrgico na empresa de autopeças Albarus e havia sido transferido para o interior. Leandro tinha 12 anos quando a família se instalou definitivamente na cidade, indo morar no Jardim São Judas Tadeu. Entre os estudos e a adaptação da vida no interior, Leandro mantinha um grande sonho: ser jogador de futebol.
Com o apelido de “Baiano”, logo virou “Baía”, quando ele começou a atuar no gol do time da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). Em 1998, chamou a atenção do Figueirense Futebol Clube e deixou Sorocaba, partindo sozinho para Santa Catarina. Em 2002, Leandro foi para o Caxias, em Joinville.
Foi também em 2002 que sua vida acabou tomando outro rumo. Uma infecção de amígdala mal diagnosticada evoluiu para um quadro mais grave de septicemia, que resultou num coma natural e induzido de 24 dias. Leandro sobreviveu, mas o sonho de ser jogador de futebol profissional, infelizmente, não. A doença resultou numa artrose no quadril, sendo responsável pela diminuição de uma de suas pernas, impossibilitando a sua atuação como atleta. Voltou, então, para Sorocaba, aos 20 anos.
Em 2004, foi beneficiado com o sistema de Cotas Para Deficientes (PCD), sancionado pelo presidente Lula, e ingressou na empresa ZF do Brasil Planta 2. Começou na fábrica como operador de máquina, depois passou para preparador e começou a liderar o setor da produção de montagem, onde trabalhava, no segundo turno.
Em 2006, Leandro comemorou o nascimento de sua filha Ingrid, fruto do primeiro casamento.
A militância sindical começou quando Leandro entrou, em 2007, para a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Ainda sem ligação com o sindicato, o jovem negociou a PPR (Programa de Participação de Resultados) diretamente com os gestores, chegando a um valor que foi aceito pelos trabalhadores da ZF - Planta II. A então interferência nas negociações acabou aproximando-o do movimento sindical e foi convidado para participar da chapa para as próximas eleições da entidade.
Inicialmente, Leandro atuaria na questão de cotas para deficientes, mas, em 2008, já assumiu a coordenação da Juventude Metalúrgica no SMetal e passou a contribuir para expansão do setor com a construção das secretarias nacional e estaduais de Juventude da CUT, como também da Confederação e da Federação.
Já em 2011, tornou-se o primeiro secretário nacional da Juventude da CNM/CUT, com a missão de reaproximar os jovens do debate. Nesse período viajou por todo o Brasil, América Latina e até a países da Europa. As viagens permitiram um intercâmbio de experiências do movimento sindical em nível global.
Na eleição de 2014, Leandro Soares foi eleito secretário-geral da entidade, cargo que ampliou sua atuação. Já de início, retomou políticas de aproximação com a base, movimentos sociais e minorias (mulheres, negros, LBTQIA+ etc). Também teve a responsabilidade de atuar contra as reformas trabalhistas, da terceirização e previdenciária.
Em 2017, assumiu a presidência do SMetal. O papel de Leandro, desde o primeiro mandato, foi reaproximar a categoria das empresas, diminuir a polarização e construir um diálogo. Assim, conquistou importantes convenções coletivas, evitando que a base não fosse atingida com as reformas. Além disso, buscou investimentos para a cidade gerando emprego e renda para milhares de pessoas.
Casado desde 2019 com a psicóloga Kátia Leite, Leandro divide o tempo entre a família e a luta sindical. Uma de suas grandes preocupações é a juventude, por perceber que os jovens, que já tiveram a oportunidade de estudo e trabalho, hoje precisam lidar com as consequências da pandemia e de um governo de retrocessos.
(Assessoria de imprensa – vereador Francisco França – PT)