A homenagem foi proposta pelo vereador Ítalo Moreira (PSC), que irá arcar com as despesas referentes à honraria
O ex-juiz Sérgio Moro, que esteve à frente da Operação Lava-Jato antes de deixar a magistratura, será agraciado com o Título de Cidadão Sorocabano. O Projeto de Decreto Legislativo nº 64/2021, que prevê a homenagem, de autoria do vereador Ítalo Moreira (PSC), foi aprovado na sessão ordinária desta quinta-feira, 2. As despesas com a concessão da honraria serão pagas pelo vereador.
“A atuação de Sérgio Moro como juiz, sobretudo à frente da Operação Lava-Jato, representa um momento histórico, que merece ser reconhecido e celebrado. A Lava-Jato foi a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil, que repercutiu internacionalmente, a exemplo da Operação Mãos-Limpas, na Itália. Por isso, propus essa merecida homenagem”, afirma Ítalo Moreira.
Na justificava da proposta, o vereador enfatiza que Sérgio Moro, “ao contrário do que muitos pensam, não nasceu em berço de ouro”, mas numa família de professores (o pai, professor de geografia; a mãe, de português). “Desde pequeno, Moro aprendeu a valorizar os estudos e entendeu o quanto a educação é importante na vida das pessoas. Seus pais, professores, tiveram uma grande influência nesse processo”, afirma Ítalo Moreira.
Paranaense de Maringá, Sergio Fernando Moro nasceu em 1º de agosto de 1972, filho dos professores Dalton Áureo Moro e Odete Stake Moro, ambos descendentes de italianos. Graduou-se em Direito pela Universidade Estadual de Maringá em 1995. Concluiu o mestrado (2000) e o doutorado em Direito (2002) na Universidade Federal do Paraná. Durante a vida acadêmica, participou de um programa de instrução de advogados de Harvard, aprofundando seus estudos sobre lavagem de dinheiro.
Tornou-se juiz federal do Tribunal Federal da 4ª Região aos 24 anos e é professor universitário. Em 2003, assumiu vara especializada na investigação de crimes de lavagem de dinheiro e de crimes contra o sistema financeiro, atuando no Caso Banestado. Em 2014, autorizou a primeira fase da Operação Lava-Jato, que viria a resultar em cerca de 200 condenações contra pelo menos 140 pessoas, entre políticos e empresários. A operação pediu o ressarcimento de quase R$ 40 bilhões aos cofres públicos.