Representando a Apeoesp (sindicato dos professores públicos), Paula Penha leu “o manifesto construído coletivamente em nome das mulheres sorocabanas”
O Dia Internacional da Mulher foi objetivo de um manifesto em nome das mulheres sorocabanas lido na tribuna da Câmara Municipal de Sorocaba durante a sessão ordinária desta terça-feira, 8, presidida, na abertura dos trabalhos, pela vereadora Iara Bernardi (PT), a pedido do presidente da Casa, vereador Cláudio Sorocaba (PL), em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A vereadora Fernanda Garcia (PSOL), também a convite do presidente, secretariou os trabalhos no início da sessão.
O manifesto, “construído coletivamente”, segundo suas signatárias, foi lido pela dirigente sindical Paula Penha, coordenadora em Sorocaba do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que também é presidente do PSOL em Sorocaba. A palavra à dirigente sindical foi concedida pelo presidente da Casa, que já havia retomado à condução dos trabalhos da sessão.
Enfatizando que as mulheres sempre estiveram “na linha de frente das lutas populares por direitos e melhores condições de vida”, o manifesto condena o sistema capitalista, denuncia a violência contra a mulher e acentua que, com a pandemia de coronavírus e a crise econômica, acentuaram-se as desigualdades sociais e as mulheres foram ainda mais atingidas, “no âmbito social, profissional e emocional, vulnerabilizando suas condições de vida e bem-estar”.
O manifesto também condena o “patriarcado e a violência política de gênero” e tece críticas ao chefe do Executivo municipal e aos vereadores que se identificam como conservadores na Casa. O manifesto afirma que “não podem passar impunes discursos de ódio motivados por gênero, raça, condição ou sexualidade” e cobra uma resposta institucional do poder público ao Conselho Municipal dos Direitos das Mulher quanto ao caso de uma bala de fuzil que foi encontrada num armário doado à instituição.