28/02/2025 12h31
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Presidente da Comissão de Saúde e técnicos da prefeitura repercutiram o quadro epidemiológico do Município, que contabiliza 1220 casos da doença

O combate à dengue, perante o agravamento do quadro epidemiológico no Município, foi o tema do programa “Comissões em Debate”, da Rádio Câmara Sorocaba, na manhã desta sexta-feira, 28. Com apresentação do jornalista Carlos Garbo, o bate-papo contou com a presença do vereador Fábio Simoa (Republicanos), presidente da Comissão de Saúde do Legislativo e de representantes do Secretaria Municipal de Saúde.

Participaram do programa o coordenador médico de urgência e emergência da Prefeitura de Sorocaba, Alessandro di Lorenzo, o supervisor de zoonoses, Fernando Henrique Simão, e a chefe de seção da vigilância epidemiológica, Lidiane Hernandes.

Segundo os dados atualizados, repassados pelos técnicos, até ontem, dia 27, foram confirmados 1220 casos de dengue na cidade, além de 36 casos em investigação. Um óbito foi confirmado no mês de janeiro e outros três estão em investigação – todos registrados agora em fevereiro. 

Com relação as regiões com maior incidência, foram citados os bairros de Brigadeiro Tobias, Vila Astúrias, Paineiras, Santa Marina, São Guilherme e Maria Eugênia, além da região de abrangência da UBS do Jardim Rodrigues. “Infelizmente, temos casos na cidade inteira, mas essas são as regiões com maior número de casos”, frisou Simão.

O vereador Fábio Simoa apontou o descarte irregular de entulhos nas estradas da região de Brigadeiro Tobias como um dos motivos do agravamento do quadro no local. “Existem os Eco Pontos no Município, mas ainda são poucos, temos que ampliar e estamos trabalhando para que sejam construídos lá e em Aparecidinha, que são os dois locais que mais recebem inservíveis, prejudicando a população”, afirmou. 

Prevenção e combate - Outro ponto abordado foram as ações da Zoonoses de combate aos focos de mosquitos e a responsabilidade da população. O setor teve a equipe reforçada, com 30 novos agentes de controle de endemias. Com base nas notificações de casos pela vigilância, equipes são encaminhadas aos locais prováveis de infecção para visita de imóveis, remoção de criadouros e orientação da população. 

“O ciclo do mosquito é de 10 a 12 dias, por isso a gente pede ao munícipe que faça um pente fino na casa ao menos uma vez por semana, para quebrar esse ciclo”, frisou Simão. Após a remoção de criadouros é feita a nebulização para matar os mosquitos contaminados”, explicou o supervisor. 

Com relação à atuação da Vigilância Epidemiológica, a chefe de seção explicou que a é feita a busca ativa das notificações em todas as unidades de saúde do município, assim como as amostras laboratoriais que seguirão para análise. “Após as investigações, quando temos os resultados positivos, fazemos a investigação epidemiológica, para verificar a circulação da pessoa contaminada dentro da cidade e verificar seu estado de saúde, e para orientar a população quanto aos sinais de alarme”, explicou Lidiane.

Também foram reforçados cuidados importantes como o uso de repelente – para evitar a contaminação de pessoas saudáveis e novas transmissões em caso de pessoas já contaminadas, uso de sabão em pó ou detergente em ralos e vasos sanitários, instalação e telas em janelas, entre outras ações preventivas. 

Ainda durante o bate-papo, o Dr. Alessandro di Lorenzo falou sobre os sintomas da doença, o tratamento e os cuidados essenciais, em especial, a hidratação, para evitar o agravamento do quadro. “O paciente com dengue vai precisar de auxílio. Então, que ele busque essa ajuda na família para que verifiquem que ele está se hidratando, para que possa se recuperar adequadamente”, afirmou.

O programa “Comissões em Debate” pode ser conferido na integra durante a programação da TV Câmara Sorocaba e também pelas redes sociais do Legislativo sorocabano (Youtube e Facebook).