11/06/2025 11h29
atualizado em: 11/06/2025 11h31
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Vereadora também comentou a criação de observatório de violência digital contra mulheres, em parceria com outras vereadoras da Casa ​

Conferência Municipal da Saúde, acessibilidade na região central, preservação do patrimônio histórico, Rio Sorocaba e violência digital de gênero foram alguns dos temas abordados na entrevista concedida pela vereadora Iara Bernardi (PT) ao “Jornal da Câmara”, da Rádio Câmara, que foi ar nesta terça-feira, 10. Durante o programa, conduzido pelas jornalistas Priscila Radighieri e Amanda Mendes, a vereadora também denunciou o abandono de ambulâncias do Samu e o descarte de esgoto não tratado no Rio Sorocaba.

Logo no início da entrevista, a parlamentar destacou que participou da conferência setorial da saúde na UBS da sua região (Júlio de Mesquita/Sorocaba I) e que conversou com diversos cidadãos que participaram dos demais encontro, em vários pontos da cidade. 

“Apareceram aqueles temas básicos, sobre o que a população quer, que são mais agentes comunitários de saúde, mais equipes e equipamentos nas unidades básicas, além das filas e excesso de gente para consultas”, citou, convidando a população para participar da Conferência Municipal de Saúde em 28 de junho, na Universidade Paulista (Unip).

Imersão na acessibilidade – Iara, que preside a Comissão de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também comentou as ações imersivas que tem participado junto com a Asac (Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais) na região central da cidade, para vivenciar as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência visual ou baixa visão para transitar nas ruas da cidade e usar o transporte público. 

Ao transitar vendada pela área, a vereadora constatou diversos obstáculos no traçado do piso tátil, além da falta de semáforos sonoros. “São placas no caminho, buracos, linhas do piso tátil interrompida por contêiner. Dentro do terminal, então, um filme de terror, não tem nada. Não tem direcionamento nenhum”, disse. Iara, que também andou de transporte público, afirmou que fará outras ações imersivas, inclusive com foco nos cadeirantes, e ao final será produzido um relatório para embasar os pedidos por mais acessibilidade, também para os idosos.

Um outro tema abordado no bate-papo foi a degradação do patrimônio histórico de Sorocaba, incluindo prédios históricos do centro da cidade, como o Palacete Scarpa e Fórum Velho, assim como da Estação Ferroviária e o antigo Matadouro. A parlamentar encaminhou requerimento ao Executivo cobrando informações sobre os imóveis e disse que também levará o tema ao debate do próximo orçamento. “Vamos brigar pelo patrimônio que é de responsabilidade da prefeitura municipal”, pontuou.

Denúncias – Durante a entrevista, a vereadora falou sobre a vistoria feita na semana passada, após denúncias do Samu, de que ambulâncias estariam paradas, aguardando há meses por peças. Iara afirmou que esteve em três pontos, na última sexta-feira: na base do Samu e na garagem dos perueiros, na Vila Angélica; na base das ambulâncias alugadas, no Mercado Distrital; e na Rua Pedro Jacob, na garagem municipal. 

“Ali foi um susto. Tem uma parte fechada, com ambulâncias paradas, algumas precisando de peças. Disseram que há um ano não tem licitação de peças, por parte da prefeitura. Vimos também sete ambulâncias paradas no pátio, uma delas há 11 meses”, contou. “São ambulâncias alfa que, como brinco, dá para morar dentro, porque tem equipamentos, geladeira, tem tudo ali”, completou, destacando que uma delas, inclusive foi afetada por um alagamento. Indignada, Iara afirmou que seu mandato continuará a acompanhar o assunto e cobrar providências. 

A vereadora, que integra a Comissão de Meio Ambiente, denunciou ainda o descarte irregular de esgoto não tratado no Rio Sorocaba. “Tem toda uma história de recursos para despoluir o Rio Sorocaba, mas hoje ele se vê contaminado, de novo”, disse. Iara, juntamente com as vereadoras Jussara Fernandes (Republicanos) ou Fernanda Garcia (PSOL), propôs a criação da Comissão Especial de Estudos sobre a Qualidade Ambiental do Rio Sorocaba.

Ainda em parceria com as duas vereadoras, Iara Bernardi está propondo a criação do Observatório da Violência Política Digital de Gênero e/ou Raça Contra Mulheres no âmbito municipal. A parlamentar explicou que se trata de uma ação da Alesp, que está incentivando vereadoras das câmaras municipais a criarem os comitês, para receber denúncias. “Muitas vezes não são casos de delegacia, que signifiquem enquadramento na violência doméstica, na Lei Maria da Penha, são outras formas de violência, de opressão “, frisou.