21/08/2025 15h50
atualizado em: 21/08/2025 15h52
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Programa contou com a participação dos vereadores Ítalo Moreira (União) e Roberto Freitas (PL), da Comissão de Ciência e Tecnologia do Legislativo.

O programa “Comissões em Debate”, realizado na tarde desta quinta-feira, 21, pela Rádio Câmara, recebeu a presença dos membros da comissão de Ciência e Tecnologia, para tratar sobre segurança no ambiente cibernético e os impactos jurídicos do uso da inteligência artificial. Participaram os vereadores Ítalo Moreira (União) e Roberto Freitas (PL), respectivamente presidente e membro da comissão, bem como os representantes da empresa BugHunt de segurança cibernética, Bruno e Caio Teles; e o advogado especialista em inteligência artificial Aliram Campos da Silva.

“Todos os equipamentos conectados na internet têm vulnerabilidade, então está crescendo muito nossa exposição. É um caminho natural que vai crescer ainda mais”, disse Bruno Teles. Ele alertou sobre a necessidade de aplicação de medidas para segurança digital, focada na educação, citando como exemplo países que aplicam a formação de programação nas escolas. O advogado Aliram Silva explicou que no Brasil não existem leis para crimes cibernéticos, apenas medidas pontuais. Segundo ele, quando o código penal foi escrito não existia o ambiente virtual, sendo necessária uma atualização da legislação.

Ítalo Moreira citou casos do uso de inteligência artificial para enganar vítimas, com casos em que são utilizadas imagem e voz de personagens famosos para confundir e tentar passar credibilidade para que a pessoa caia no golpe. Roberto Freitas contou que o ser humano cria situações para enganar e poder lucrar, como os anúncios de vantagens e preços baixos. “Sempre desconfie quando a vantagem é muito grande, quando o negócio é bom demais é preciso ter cuidado”, disse.

Bruno Teles explicou que os hackers invadem sistemas através de vulnerabilidades técnicas, mas que os golpistas utilizam de engenharia social, ou seja, informações pessoais para buscar sucesso. “Pelo menos duas vezes por semana toca o celular com mensagem de algum banco, dizendo que aprovamos uma compra e pedindo para cancelar. Ali é a central de relacionamento do golpismo”, alertou o especialista. Ele ainda falou sobre o furto de imagens para ser utilizada em aplicativos de comunicação para que o golpista se passe por outras pessoas e consigam solicitar dinheiro de conhecidos da vítima.

Outro risco no uso de celulares e aplicativos, de acordo com Bruno Teles, é o serviço “voip”, utilizado para fazer ligações utilizando o número de outra pessoa. Durante o programa, os participantes comentaram sobre diversos tipos de golpes e deram exemplo de experiências próprias, e destacaram o atual uso de inteligência artificial (IA). “A IA é extremamente importante, em diversas áreas, á temos na China um hospital operando integralmente com IA.”, disse Ítalo Moreira, que apresentou diversas indicações ao poder municipal para implantação de IA em área como administração, saúde, segurança e educação. Na oportunidade, foi apresentado um vídeo realizado pela Câmara, utilizando a IA para recriar o elefante Sandro divulgando o debate sobre o PPA (Plano Plurianual). Foram tratados também sobre os riscos do uso indevido da IA e a necessidade de dar atenção ao tema. “Se hoje eu fosse criar uma secretaria municipal, criaria a Secretaria de Tecnologia e Inteligência Artificial”, disse Roberto Freitas.

Além do tema principal do programa, os participantes também falaram sobre a Comissão de Impactos Locais do Tarifaço, criada para tratar do impacto sobre a indústria sorocabana do tarifaço de 50% de taxa imposta pelo governo dos Estados Unidos para importação dos produtos brasileiros; e a criação de zona franca de exportação de serviços. O programa pode ser conferido na integra durante a programação da TV Câmara Sorocaba ou pelas redes sociais do Legislativo (YouTube e Facebook).